Cláudio Dias/Tribuna Impressa
A Polícia Civil de Araraquara não conseguiu reunir elementos que comprovassem o elo
criminoso e levasse a Justiça a prorrogar a prisão temporária do trio
detido na sexta-feira passada com mais de R$ 1 milhão em dinheiro
guardados em sacos de lixo. A suspeita é que o grupo estivesse ligado
a roubo a bancos na Bahia, mas nada foi confirmado. Os homens,
indiciados por formação de quadrilha, foram liberados sob sigilo na
madrugada de hoje da cadeia .
O advogado Élvio Flushio, que também acompanhou a prisão, diz que não
existe qualquer tipo de prova contra os três homens detidos na ação da
polícia, na Vila Independência. "Eles estão sendo soltos porque não
devem nada", afirma. Durante a ação, o trio flagrado com o valor
milionário negou qualquer tipo de envolvimento em crimes. A polícia
vai manter os computadores apreendidos com o grupo para investigação.
O dinheiro está depositado em uma conta do Estado, segundo o delegado
Jesus Nazaré Romão, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que
assumiu o caso. Ele afirma que mesmo estando em liberdade o trio será
investigado. Ninguém sabe o que será feito com o valor.
O dinheiro foi descoberto por acaso. Na ocasião, policiais militares
rondavam a Vila Independência quando suspeitaram de dois homens dentro
de uma pick up Montana. Devendo pensão alimentícia, J.K.I., de 33
anos, se assustou e saiu correndo para dentro da casa.
O colega, A.R.F., 36, que tem passagem criminal por roubo, tentou
escapar pela rua. Ambos foram detidos. Na casa, M.A.I., 43, também foi
preso, pois, ao revistar a residência, os militares acharam
computadores e, embaixo de cadeiras, três sacos de lixo com R$
1.087.165.
Os três disseram ter achado o dinheiro no meio do mato. Após uma
reunião entre policiais e a Justiça, foi definida a prisão temporária
(cinco dias) para investigação.
(16) 99963-6036
sexta, 19 de abril de 2024
