sábado, 20 de abril de 2024
Polícia

Tribunal do Júri leva ao banco dos réus acusado de matar Maiara

José Enrique Vendrasco deverá responder por pelo menos dois crimes.

26 Mai 2015 - 09h42
Maiara foi sepultada do distrito de Santa Eudóxia. (foto Pedro Maciel). - Maiara foi sepultada do distrito de Santa Eudóxia. (foto Pedro Maciel). -

Na segunda quinzena de Junho, o Juiz Daniel Luiz Maia Santos deverá reunir o Ministério Público Estadual, advogados criminalistas e o Conselho de Sentença formado por sete membros da sociedade para levar ao banco dos réus no Fórum Criminal da cidade de Leme o ex-funcionário público municipal de São Carlos José Enrique Vendrasco, 53, o "Riquinho" e o ex-presidiário Vander Fabiano da Silveira, 30, o "Fabiano", que são apontados como sendo os responsáveis pela entrega de arma e execução da doméstica Maiara Cristina de Oliveira, 25, que no início da manhã do dia 3 de Janeiro de 2013 foi levada até a área rural de Leme, onde foi emboscada e assassinada com tiros de arma de fogo pelas costas.

O caso tem uma segunda etapa investigativa que corre em segredo de Justiça pela Corregedoria da Polícia Civil nos municípios de Piracicaba, onde funciona a sede do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter) 9 e Delegacia Seccional de Polícia Civil de Limeira, onde está instalado o Instituto Médico Legal (IML), local em que teria ocorrido a subtração do feto que Maiara carregava no ventre e que receberia o nome de João Miguel.

O ex-presidiário Vander Fabiano da Silveira que chegou a ser pronunciado como coautor do crime agora será julgado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (artigo 14, da Lei 10.826/2003). Já José Enrique Vendrasco, foi pronunciado como incurso no artigo 121, § 2o, incisos I e IV do Código Penal (CP) - (homicídio qualificado, com pagamento de recompensa e a traição, bem como por emboscada, a qual impediu que Maiara conseguisse escapar da morte). Ele também será julgado pelo crime de aborto provocado (artigo 125) também do Código Penal, pois ele teria oferecido o medicamento "Cytotec" à doméstica Parentes confeccionaram camisetas em homenagem a jovem. (foto Divulgação)que não engoliu as pílulas que posteriormente foram entregues à Polícia Civil e devem fazer parte de provas do processo.

Samara Lima, prima e confidente de Maiara disse que muitos moradores do sub-distrito de Santa Eudóxia devem acompanhar o julgamento em Leme e ela e toda família espera por Justiça e que os responsáveis pelo bárbaro crime sejam responsabilizados e presos.

Segundo ela, ainda em 2012 Maiara teria lhe confidenciado um relacionamento com José Enrique Vendrasco e que estaria grávida dele.

Devido a este relacionamento e sabendo que ele era casado Maiara teria dito que para não trazer problemas ao funcionário público municipal comunicava que sustentaria o filho e diria que o pai seria uma pessoa de Ibaté. Já durante os festejos natalinos de 2012, a doméstica reunida com familiares teria comunicado e convidado Samara para batizar seu filho que receberia o nome de João Miguel, que dias após teria até compra roupinhas para batizar o sobrinho, porém Maiara foi levada para Leme, onde foi friamente assassinada e seu filho foi arrancado de seu ventre.

RECONHECIMENTO PELO SÃO CARLOS AGORA

Samara diz que foi graças a um policial civil de Leme que o caso veio a tona, pois este policial que esteve no local onde o corpo se encontrava e no IML de Limeira, foi quem reconheceu as fotos de Maiara dada como pessoa desaparecida no site São Carlos Agora e comunicou a Polícia Civil em São Carlos que auxiliou nos trabalhos que devem ser levados ao Tribunal do Juri.

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