quinta, 18 de abril de 2024
Polícia

Professores e alunos do Jesuíno de Arruda são acusados de bullying por ex-aluna

13 Abr 2011 - 11h49

Uma estudante de 12 anos acusa professores e alunos da escola Jesuíno de Arruda de bullying.

De acordo com a vítima, no último dia 29, três colegas da classe acusaram a estudante de ter postado um bilhete de ameaça em um site de relacionamento. No bilhete supostamente a garota pedia R$15 para não bater nas colegas.A garota não tem computador em casa e ninguém apareceu com o suposto bilhete para comprovar a ameaça.

Após esse fato a garota foi chamada na diretoria da escola, onde um professor teria desferido palavras de baixo calão à estudante. "Você cala a boca que está em desvantagem aqui".

Indignada, a mãe da garota L.M.F., solicitou uma reunião na escola, onde segundo ela acabou sendo motivo de gozação dos pais durante a discussão do caso. "As mães gozavam de mim e de minha filha, falando que iam me bater por R$1, o pior que os representantes da escola ficavam só olhando e não tomavam nenhuma providência sobre o ocorrido, como se isso fosse normal", disse a mãe.

De acordo com a estudante, o bullying vem ocorrendo desde 2010. Por ela ser aluna nova na escola e ter a voz grossa, os colegas a apelidavam de "traveco", "sapatão", entre outras coisas. "Na hora da merenda eles me jogavam a comida, o suco, e ninguém fazia nada, cansei de reclamar na direção da escola", disse a garota.  

No final do ano passado a garota acusou uma professora, de tê-la chamado de prostituta. "Ela me chamou e perguntou: Que roupa é essa, está parecendo uma prostituta?". A mãe, ao saber do caso, novamente procurou a direção da escola e segundo ela nada foi feito.

A menina também acusa um professor da escola de assediar todas as meninas da classe. "Ele segura agente pelo braço e pergunta se somos virgens...respondemos que sim e ele pergunta se pode tirar, é nojento!".

Como a mãe não teve nenhum apoio da escola, ela resolveu procurar a Delegacia de Ensino de São Carlos e pediu a transferência da filha para outra instituição. A menina ficou duas semanas sem aula desde que o fato aconteceu.

A mãe registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso e espera providência. "Nós colocamos nossos filhos na escola para aprender e de repente minha filha não quer mais freqüentar o local porque lá dentro ela é destratada".

A equipe do São Carlos Agora entrou em contato com a direção da Escola Jesuíno de Arruda e ninguém quis falar a respeito.

A assessoria da Diretoria de Ensino informou que abriu uma sindicância para apurar o caso assim que soube do incidente. A administração da escola será investigada.

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