quinta, 25 de abril de 2024
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Polícia Civil esclarece homicídio de motoboy na zona sul

25 Jun 2014 - 15h58
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Nesta quarta-feira (25) a equipe do delegado Walkmar da Silva Negré conseguiu concluir o caso do motoboy Marcelo Alessandro Vilella, 36, que foi agredido na noite do dia 24 de janeiro deste ano e no dia 26 faleceu vítima de um traumatismo craniano. Ele levou socos, chutes e pauladas na região da cabeça.

LINCHAMENTO

Na manhã do dia 25 de janeiro o caso chegou ao 2º Distrito Policial como um suposto linchamento praticado por vários moradores do bairro Antenor Garcia que teriam presenciado o motoboy agredindo e arrastando a amásia pelos cabelos na rua 02 do. Naquele dia ao chegar no bairro policiais militares encontraram o motoboy todo ensanguentado caído no asfalto e sendo socorrido por enfermeiros e um médico do SAMU. Populares diziam estar revoltados com as agressões dele contra sua amásia identificada apenas por Monica que negou a participação no suposto linchamento e apenas dizia que não sabia o que teria ocorrido, porém afirmava que Marcelo estaria bêbado quando discutiram no interior do imóvel. Ele teria quebrado vários equipamentos da casa em decorrência de uma suposta traição da esposa que afirmou nunca ter existido, bem como afirmava ser o amásio muito ciumento.

TENTATIVA DE HOMICÍDIO

Populares disseram que Marcelo teria sido agredido por populares, porém as pessoas não disseram nomes. Naquela noite ao ser alertado, o delegado Adriano Callsen Alexandrino que respondia pelo Plantão da Polícia Civil após ouvir algumas pessoas que se recusaram a falar sobre a violência no bairro registrou o crime como tentativa de homicídio e pela manhã comunicou o delegado Walkmar da Silva Negré no 2º Distrito Policial que determinou que seus investigadores e escrivães dessem início aos trabalhos para tentar esclarecer quem seriam as pessoas que teriam agredido o motoboy e se a história de que várias pessoas teriam participado de um suposto linchamento seria realmente verdadeira.

INVESTIGAÇÕES

Dando inícios as investigações os policiais civis foram informados por testemunhas que na noite do dia 24 de janeiro, Marcelo que seria uma pessoa extremamente ciumenta, havia chegado em casa embriagado e dizendo que a amásia teria o traído e desta forma passou a agredi-la e quebrar todos os móveis e objetos da casa. Apavorada a mulher teria deixado o imóvel e correu para a moradia de uma vizinha que foi invadida por Marcelo que a agarrou pelos cabelos e a levou para a rua, quando algumas pessoas teriam se revoltado e ampararam a mulher, porém ninguém dizia quem teria agredido o rapaz.

MORTE

Pela manhã do dia 26 o delegado foi informado pela Santa Casa que Marcelo não suportou os ferimentos na cabeça havia falecido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde se encontrava internado. Durante estes meses os policiais civis realizaram diligências e ouviram várias pessoas do bairro que se recusavam a falar sobre o que aconteceu na noite do dia 24 de janeiro, até que no início de junho, após várias informações sobre o crime os investigadores conseguiram chegar ao apelido de um homem que era chamado no bairro por "cabelo".

CONFISSÃO

Os policiais chegaram ao pedreiro Wagner Antonio dos Santos, 42, que ao saber que os policiais civis já se encontravam a sua procura acabou se entregando e relatando toda a história que envolvia ele e Marcelo. Segundo declarações do pedreiro, na noite do crime o motoboy teria prometido matar a amásia e os filhos e  ele teria visto o rapaz com duas facas e tendo a certeza que uma tragédia poderia acontecer resolveu intervir para tentar evitar o pior.

Segundo Wagner, no momento em que tentou segurar Marcelo, ele teria reagido e neste instante apanhou um pedaço de madeira e desferido um único golpe contra a cabeça do motoboy que caiu desfalecido e apavorado com que poderia lhe acontecer fugiu do local em uma Corsa, com placas de São Carlos. O pedaço de madeira de "cabelo" diz ter usado nunca foi encontrado e após sua confissão foi indiciado pelo crime de homicídio simples e deverá ficar solto até o julgamento.

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