Durante a tarde de sábado (30), policiais militares da 1º Companhia de São Carlos, realizaram uma operação para atender denúncias contra estabelecimentos comerciais que estariam explorando jogos de azar por meio de máquinas caça-níqueis e vídeo-pôquer. Apesar da proibição destas máquinas em todo o Estado de São Paulo e das constantes apreensões realizadas pela Polícia, ainda é possível encontrar em São Carlos, máquinas em bares e lanchonetes e ainda casa de jogos onde há instaladas dezenas de equipamentos.O trabalho da PM contou com a participação das equipes Rocam, Policiamento Integrado e apoio dos fiscais da Secretaria Municipal da Habitação e Desenvolvimento Urbano.A operação teve início às 16h. O primeiro estabelecimento fiscalizado foi um bar na Rua Marcus Vinicius de Mello Moraes, 867, São Carlos IV. Os policiais ao chegarem no estabelecimento encontraram uma máquina caça-níquel. Um casal que se identificou como proprietários, declararam que havia arrendado o bar a pouco tempo e que a máquina já estava no prédio.Depois os policiais foram a outro bar na Rua Francisco Schiavone, 1261 no Jardim Beatriz. No local foram encontradas outras cinco máquinas que estavam desligadas. O dono do bar, um comerciante de 72 anos foi conduzido até o Plantão Policial para prestar depoimento.Posteriormente os policiais da Rocam e da equipe Integrada se deslocaram para a região da avenida Dr.Teixeira de Barros onde havia outras três denúncias da existência de tais máquinas. No prédio número 1010, os militares encontraram um homem de 61 anos que se identificou como assessor parlamentar e apreenderam uma máquina. No prédio número 961 outras duas máquinas foram localizadas. Foi ao lado deste bar que a PM realizou a maior apreensão do dia. No prédio número 1026 onde no passado funcionava uma sorveteria, a Polícia descobriu que o local havia se transformado em uma casa de jogos. No local eram feitas apostas de jogo de bicho e nas máquinas eletrônicas. No estabelecimento cuja porta de entrada é toda pintada de preto para dificultar a fiscalização, os PMs encontraram 24 máquinas caça níqueis e de vídeo pôquer, além de material para apostas em jogos de bicho. A funcionária do local, não quis colaborar com a Polícia já que se recusou a fornecer o nome do responsável pela casa. A mulher de 43 anos se limitou apenas a informar que havia sido contratada por um homem que não conhece. Neste estabelecimento a Polícia acionou os fiscais da Prefeitura Municipal para averiguar a documentação. Eles constataram que a casa de jogos estava funcionando sem o alvará de licença. O prédio foi interditado pela fiscalização e as máquinas ficaram apreendidas pelo local sendo que o responsável pelo imóvel ficou como fiel depositário dos objetos.Comerciante assistia tudo à distância– Os policiais ficaram por um bom tempo em frente a esta casa de jogos na Rua Larga aguardando a decisão do delegado se iria ou não conduzir as máquinas até o Plantão Policial. Enquanto isso, o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) recebeu uma ligação anônima informando que havia uma Saveiro, prata com placas de São Carlos estacionada nas proximidades e que cujo ocupante estaria em atitude suspeita pelo local. Os policiais caminharam a pé em direção ao carro e abordaram o comerciante K.T., 69. A princípio ele nada declarou. Ao revistar o carro foram encontrados R$ 3.500,00 em dinheiro, R$ 529,50 em moedas, três ventoinhas para computadores, cinco controles para alarmes, todos na cor preta com anotações indicando em que bairro os equipamentos estavam instalados, quatro bolsas na cor preta, nas quais continham diversas chaves, cinco sacos plásticos transparentes com outras chaves e inscrições, três controles remotos, duas placas para computadores, quatro placas periféricas, 19 micro chips, uma fonte de energia para computadores, 8 leitores de cédulas (dinheiro), um mini gravador, marca Voyger, uma extensão e um kit de chave de fendas. Este comerciante segundo a Polícia já foi investigado pelo seu envolvimento em contravenções penais.Desde que as apreensões destas máquinas foram intensificadas o nome dele sempre esteve relacionado ou foi citado na maioria dos locais fiscalizados.Questionado sobre os produtos e o dinheiro, o suspeito alegou ser comerciante e que todo o material seria fruto de seu trabalho nas empresas da família que atuam no ramo de revenda de motos e veículos usados. Ele ainda declarou que teria uma oficina mecânica para motocicletas e que as peças de computadores apreendidas são equipamentos de sua propriedade que eram trocadas à medida que apresentavam problemas.Ele foi encaminhado para o Plantão Policial onde foi ouvido e depois liberado. Os demais comerciantes onde foram encontradas máquinas ao logo do dia, também foram apresentados no Plantão e depois de ouvidos foram liberados. Eles deverão responder criminalmente por exploração de jogos de azar e estão sujeitos a sanções administrativas devido à existência de uma Lei Estadual.