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sexta, 07 de fevereiro de 2025
Polícia

Mulher encontrada morta na Vila Prado teve o nome envolvido sem consentimento em golpe de seguro de vida

Caso descoberto em 2017 ganhou repercussão nacional.

10 Fev 2023 - 08h44Por Redação São Carlos Agora
Golpistas usaram o nome da mulher, inclusive simularam o enterro - Crédito: Milton Rogério/arquivoGolpistas usaram o nome da mulher, inclusive simularam o enterro - Crédito: Milton Rogério/arquivo

A mulher encontrada morta na tarde desta quinta-feira (9) em uma casa na avenida Doutor Teixeira de Barros, Vila Prado, teve o nome envolvido sem consentimento em um golpe de seguro de vida que ganhou repercussão nacional em 2017 (veja a reportagem da época). Cristiane da Silva foi considerada morta, porém a Polícia descobriu a farsa e no cemitério Nossa Senhora do Carmo, no túmulo onde ela teria sido enterrada, encontrou um caixão sem nenhum corpo, apenas com serragem e uma barra de ferro.

Cristiane no túmulo que foi aberto em seu nome. (foto SCA)

Na época, a reportagem do SCA apurou que algumas pessoas em São Carlos (SP) teriam se unido e montado um golpe para fraudar corretoras de seguro e com isto, pretendiam arrecadar entre R$ 800 mil a R$ 1,4 milhão. Elas teriam forjado a morte da ex-moradora de rua Cristiane da Silva.

A outra parte da trama teria sido realizada na cidade de Descalvado (SP) (distante 44 km de São Carlos), onde foram montadas as apólices de seguros que só não foram executadas e pagas devido a quadrilha descobrir que policiais do 2º Distrito Policial de São Carlos já estavam apurando o crime.

O São Carlos Agora apurou que um cartório de registro civil de São Carlos estaria recebendo documentos oficiais, mas fraudados e teria expedido a "certidão de óbito" em nome de Cristiane. 

A Polícia Civil identificou como mentor do crime um ex-agente funerário de 47 anos, que teria se unido ao seu genro, um corretor de seguros de 25 anos. A filha do ex-agente, uma dona de casa de 24 anos e esposa do corretor, que seria a pessoa que receberia o seguro de vida de Cristiane e um médico que prestava serviços na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Vila Prado também foram alvos da investigação. O médico teria expedido a declaração de óbito.

USUÁRIA DE DROGAS

Segundo o boletim de ocorrência registrado nesta quinta-feira (9), Cristiane era usuária de drogas e álcool. Segundo o amásio, na semana passada ela lesionou o braço e chegou a ser atendida na UPA da Vila Prado. Ontem, o amásio foi até o quintal e a encontrou sem vida. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

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