sexta, 19 de abril de 2024
Polícia

IML troca corpo de jovem são-carlense morto em Curitiba

O adolescente de 17 anos foi encontrado com sinais de espancamento

12 Abr 2011 - 00h33

Autoridades da cidade de Curitiba no Paraná vão apurar a troca do corpo de um jovem que deveria ser sepultado no final de semana em São Carlos. Jhonatan Souza Alto, de 17 anos, foi encontrado morto no bairro Cidade Industrial depois de ter ingerido uma grande quantidade de bebida alcoólica. A Polícia tem outra linha de investigação, já que no corpo do adolescente havia marcas de agressão e asfixia. A acusada pelo crime é a mãe dele, Maria Marciana de Souza, de 35 anos.

A mulher argumentou à polícia que o filho morreu em decorrência de um coma alcoólico. A investigação da Delegacia de Homicídios trabalha agora com a possibilidade de que a mãe tenha batido no filho com um pedaço de madeira, objeto que foi encontrado na casa da vítima.

A mãe do jovem foi presa em flagrante no final da semana passada e pode responder por homicídio doloso (quando existe a intenção de matar). E, na possibilidade de coma alcoólico, a mãe pode ser responsabilizada por negligência.

Troca de cadáveres

O equívoco foi constatado pela família de Jhonatan e que deveria ter ido para sepultamento em São Carlos (SP). Segundo os familiares, o corpo enviado não é da vítima e sim de um rapaz não identificado. A troca teria ocorrido no IML em Curitiba.

Segundo as primeiras informações do IML, o corpo de Jhonatan deu entrada no instituto às 13 horas de sexta-feira (8), foi necropsiado e liberado para identificação no sábado (9). O corpo foi reconhecido pelos familiares e, depois de cumpridas todas as formalidades legais, enviado para São Carlos. Os familiares em São Paulo não teriam reconhecido o cadáver como o de Jhonatan, mas, mesmo assim, autorizaram o sepultamento, para só então comunicar o IML de Curitiba sobre a possível troca.

“O IML constatou que o corpo de Jhonatan continua nas dependências do instituto e que o corpo enviado para São Carlos, embora tenha sido reconhecido pelos familiares como sendo o do rapaz, na verdade é de um desconhecido”, explicou Porcídio Vilani, diretor do IML. Segundo ele, a identificação do corpo sepultado em São Carlos não foi estabelecida.

O delegado titular do Nurce, Itiro Hashitani, responsável pela condução do inquérito, já começou as investigações. “ Constatamos que efetivamente ocorreu o erro no IML, a troca de corpos aconteceu e vamos apurar como isso ocorreu e quem foram os responsáveis. Concluído o inquérito, eles poderão ser punidos administrativa e criminalmente”, afirmou

A Secretaria de Segurança Pública já pediu à Procuradoria Geral do Estado que solicite à Justiça de São Paulo a exumação do corpo sepultado e o envio dos restos mortais a Curitiba.

Com informações da Secretária de Segurança Pública do Paraná

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