O enfermeiro Iran Parizi Gimenes Martinez, 28 anos, levou dois tiros, sendo um deles na cabeça, e morreu por engano ao fazer uma brincadeira com quatro homens dentro do pátio de um posto de combustíveis em Araraquara, interior de São Paulo, na madrugada de hoje. O colega dele que era alvo do grupo também foi baleado e está internado em estado grave. Martinez conversava com o amigo, o técnico em gesso na área de ortopedia Dorival Batista de Oliveira Junior, 37, e mais duas garotas, entre elas, uma jovem de 24 anos que teria terminando recentemente um relacionamento com um ex-presidiário. Premeditando o crime, o ex-detento por roubo, que não teve o nome revelado, ligou para a ex-namorada perguntando sobre o RG dele que havia deixando com ela. A jovem estava no posto batendo papo e o mandou buscar. Ao chegar ao pátio, o ex-namorado estava no volante de um Santana. Outros três colegas saíram e perguntaram em voz alta: “Quem está saindo com ela”, apontando para a garota de 24 anos. Sem saber desse histórico, segundo os policiais que atenderam ao caso, o enfermeiro brincou e teria dito: serve eu? Sem nem pensar, um dos acusados sacou um revólver e disparou dois tiros contra ele. Um dos disparos não foi informado. O tiro final de execução foi na cabeça. O colega reagiu e também foi baleado na cabeça. Os dois foram socorridos à Santa Casa, inclusive, o hospital em que trabalham. Martinez morreu logo depois. O colega está internado. A PM fez uma série de buscas durante toda a madrugada de hoje na caça aos envolvidos no crime. O carro usado por eles, inclusive, foi abandado. O Santana fora furtado em São Paulo, dia 15 de novembro do ano passado. A equipe de homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) apura o caso. Por enquanto, não existem pistas do restante do grupo.
Cláudio Dias/Tribuna Impressa