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Polícia

Discussão no dia de natal termina na morte de um jovem na Vila Celina

26 Dez 2007 - 18h11Por Redação São Carlos Agora
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Plantão Policial onde o policial militar se apresentou e entregou a sua arma.Uma discussão após uma infração de trânsito acabou em tragédia no ínicio da madrugada do dia de natal. O policial militar Tarcisio Zanetti, 34, que trabalha na grande São Paulo atirou contra o jovem Ícaro José Giongo de 22 anos. A discussão teria começado após Zanetti ter entrado contra-mão e quase atropelado um dos amigos de Giongo que estavam nesta rua. O policial parou alguns metros adiante, pois iria deixar os pais que moram naquela rua. Neste instante um dos componentes do grupo foi em direção do policial para adverti-lo. Um dos amigos da vítima declarou que chegou só para conversar com o policial e que Giongo teria chegado posteriormente e não teria dirigido a palavra ao militar. Zanetti por sua vez declarou que Giongo tentou desarma-lo e agrediu seu pai. Os familiares que estavam dentro do carro disseram que os possíveis agressores chegaram a balançar o veículo. Acuado o militar sacou sua arma e atirou contra Giongo que baleado caminhou por 100 metros antes de cair desacordado na rua Bernadino Fernandes de onde foi socorrido em estado grave pelo SAMU até a Santa Casa. Após o fato o policial saiu do local e foi até o plantão policial onde se apresentou ao delegado Adriano Calssen Alexadrino que após confirmar a morte autuou o policial em flagrante por homicídio. Zanetti foi levado sob escolta policial até o presídio militar Romão Gomes onde se encontra a disposição da justiça.O começo da briga– Segundo apurado a briga teria se iniciado por volta da 1h45 desta terça-feira (25) quando Zanetti estava conduzindo seu Corcel II acompanhado da esposa, filha e o seus pais. Todos retornavam de uma ceia de natal. O militar se dirigia até a casa dos pais localizada na rua Porto Alegre, 115, em Vila Celina. Segundo informações da Polícia, Zanetti teria adentrado nesta rua pela contra mão o que causou irritação de um grupo de pessoas que estavam defronte a residência número 15. Entre essas pessoas estava Ícaro. O policial então parou o carro em frente à casa do pai e quando descia do veículo começou a ser questionado por G.P.A., 36, residente na casa 15. A versão do policial –Sobre a versão do amigo de Ícaro, Zanetti desmente e contou que não estava andando em alta velocidade e quando parou o carro defronte a casa do pai, já foi cercado por alguns rapazes e que Giongo chegou dando uma voadora, momento em que entraram em luta corporal e o rapaz teria tentado desarma-lo, mesmo ele se identificando como PM. Consta ainda que durante a briga o pai do policial teria sido derrubado pelo rapaz. O PM com medo e tentando proteger os familiares atirou por duas vezes contra a vítima. Após os disparos ele disse que Giongo saiu correndo em direção a rua Bernardino Fernandes Nunes. O policial então seguiu para o plantão policial onde se apresentou espontaneamente e também entregou a sua arma, um revólver Taurus, calibre 38 da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Oficiais da 1º Companhia de São Carlos foram acionados para acompanhar o flagrante. Enquanto isso na Santa Casa, às 4h30 Giongo entrava em óbito o que motivou a prisão em flagrante do policial por homicídio. Zanetti foi levado para o presídio militar Romão Gomes na capital, onde está a disposição da justiça. O caso foi encaminhado ao 3º Distrito Policial onde serão ouvidas todas as partes envolvidas. A camiseta rasgada do policial também foi apreendida.
O enterro –No final da manhã de ontem o corpo de Giongo que era casado e tinha uma filha de 2 anos foi liberado para os familiares e por volta das 16h30 foi enterrado no cemitério Nossa Senhora do Carmo. 

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