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Polícia

Dia das crianças será triste sem o meu menino, diz pai de Lucas Pereira

11 Out 2008 - 21h14Por Redação São Carlos Agora
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Por Pedro Maciel

Lucas desapareceu defronte a casa da avô no Jardim BeatrizO engenheiro Antônio Carlos Ratto, 57, diz que este Dia das Crianças deste ano será o mais triste de sua vida. Com folgas da plataforma P-16, no Rio de janeiro, ele está em São Carlos para acompanhar de perto as investigações sobre o desaparecimento do filho Lucas Pereira, de 3 anos e 10 meses, que há 112 dias, misteriosamente sumiu da casa dos avós maternos no Jardim Beatriz.
O caso que vem sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) que coordena os trabalhos e conduz o inquérito policial para apurar o desaparecimento do menino.

Rio de Janeiro
Outra frente de trabalho foi aberta pelas Delegacias Anti Seqüestros (DAS) e de Homicídios, ambas do Rio de Janeiro que vem realizando buscas naquele estado e em uma das investidas, um dos inspetores (delegados) acabou sofrendo um grave acidente, quando estava a caminho de um morro na Ilha do Governador para dar suporte com outras equipes que se preparavam para subir no morro do Dendê, onde uma denuncia formulada há 15 dias, apontava um suposto cativeiro, onde uma mulher estaria guardando o menino Lucas Pereira. Com a invasão de policiais no morro, os traficantes e integrantes de milícias recuaram e deixaram a polícia Civil carioca fazer as buscas ao garoto desaparecido em São Carlos, porém todo trabalho foi em vão, pois o menino não seria Lucas, como afirmava um aposentado de 59 anos.
Antonio Carlos, disse no final da tarde de sexta-feira que até o fim de sua vida ele irá procurar pelo filho que desapareceu por volta das 10h, quando tentava atravessar uma rua do bairro e não conseguindo regressava á casa dos avós, quando exatos, 24 passos sumiu misteriosamente sem que ninguém pudesse saber quem teria levado o menino. 
No dia em que Lucas, desapareceu, um Fiesta, preto, modelo novo com placas do Rio de Janeiro, teria sido visto na avenida Dr. Teixeira de Barros. A pessoa que avistou o carro, também foi ouvida, mas pouco pode ajudar a Polícia Civil de São Carlos que mesmo em greve continua trabalhando neste misterioso caso.

Recompensa
O pai de Lucas, diz que a recompensa de R$ 30 mil, ainda está a disposição de que conseguir dar informações seguras á polícia. Ele ainda acredita que o menino esteja vivo e emocionado disse que já comprou o presente do filho. “Eu coloquei o presente do meu filho no seu quarto, no meu apartamento no Rio de Janeiro. Eu vou comprar outro presente no dia 24 de Dezembro, quando ele fará 4 anos, véspera do natal”, diz o pai que tem certeza que vai encontrar o menino ainda vivo.
Ele também diz que todos os funcionários da Petrobras espalhados pelo Brasil estão ajudando a procurar Lucas. Ele pede para cada pessoa que se avistar o menino ligar imediatamente á polícia.
A DIG de São Carlos mantém três frentes de trabalho e, mesmo em greve os policiais acompanham o caso, porém o delegado Gilberto de Aquino, prefere não comentar sobre as investigações para não atrapalhar o trabalho.

Silêncio
A mãe de Lucas, a desenhista de modas Marcelene Érika Pereira, 33, procurada por nossa reportagem diz que o silêncio será a melhor coisa a fazer neste momento. Ela diz acreditar no trabalho dos policiais tanto de São Carlos, quanto do Rio de Janeiro. “Eu não quero falar nada, apenas espero ver o meu filho. Está sendo duro viver sem o Luquinha. Eu estou me apegando a Deus. Acho que ele saberá me confortar. Eu oro para todos os policiais, para que eles encontrem meu menino. Eu sonho com ele. Será difícil passar o Dia das Crianças sem ele. Me machuca muito em saber que existem pessoas maldosas”, conclui, sem mais nada falar.

Desaparecimento misterioso
No dia 24 de Maio Érika, acompanhada dos filhos Lucas Pereira e Caio Pereira, deixou o condomínio onde residem no bairro Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, vindo à casa de seus pais, localizada na rua Coronel Leopoldo Prado, 2200, no Jardim Beatriz, onde encontra-se hospedada e onde encontrou-se como filho mais velho que vive com os avós em São Carlos.
No dia 21, por volta das 10h, Lucas, sozinho deixou a casa da avó para ir a casa de um amiguinho a cerca de 30 metros de casa. Uma mulher ouvida pela reportagem que prefere o anonimato teria pedido para o menino aguardar que ela iria atravessá-lo, porém seu telefone tocou e pediu para Lucas, sentar-se na calçada e ao regressar avistou o menino regressando para a casa dos avós. Do ponto em que o menino foi visto pela última vez e, a casa da avó pode-se contar 28 passos. Este foi ponto em que o menino desapareceu, segundo esta testemunha sem entrar nas matas da Pedreira Bandeirantes. O mistério ainda persiste sem qualquer informação concreta sobre o menino Lucas Pereira.

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