
Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), comandados pelo delegado João Fernando Baptista, identificaram comerciantes que compram cabos telefônicos que seriam sido furtados. Os acusados irão responder, de acordo com a autoridade policial, por receptação qualificada.
Em entrevista ao São Carlos Agora, Baptista disse que a elucidação dos fatos aconteceu após uma operação realizada pela delegacia especializada através do Serviço de Inteligência Policial (SIP). Vários depósitos de sucatas passaram por processo de investigação desde o ano passado.
“Desde então passamos a apurar detalhadamente os fatos e contamos ainda com a colaboração de funcionários das operadoras que foram até os estabelecimentos onde eram vendidos os cabos. Após os produtos serem reconhecidos, começamos a apurar os crimes em operações regulares”, disse.
De acordo com Baptista, os comerciantes que forem acusados, serão processados por receptação qualificada. “Afinal usaram o seu comércio para comprar produtos ilícitos”, ponderou. “Serão com isso, levados à Justiça.
NADA É DE GRAÇA
O titular da DIG disse ainda que a atual situação econômica por que passa o Brasil dificilmente permite a uma pessoa que ela dê para outra objetos de valor, como cobre e alumínio. “Para piorar os comerciantes sabem disso e se arriscam ao comprar tais produtos”, lamentou. “E o mercado sabe também que uma empresa que sofre furtos, dificilmente arca com o prejuízo e alguém sempre paga. Neste caso, é a parte mais fraca, que são os consumidores”, lamentou.
Baptista disse ainda que o furto de fiação (e consequente venda em casas comerciais que trabalham com reciclagem) alimenta ainda um outro setor da criminalidade: o tráfico de entorpecentes. De acordo com o delegado, o dinheiro obtido pelo autor do furto invariavelmente é destinado para a compra de drogas.