Polícia

Discussão na UPA Vila Prado termina no plantão policial

Assessora parlamentar alega que pai não teria sido atendido corretamente por servidores da unidade de saúde

25 DEZ 2017 • POR • 15h39
Foto: Marcos Escrivani

Um possível mau atendimento na UPA Vila Prado terminou em ocorrência policial na manhã desta segunda-feira, 25. Uma assessora parlamentar de 43 anos alega que seu pai, de 75 anos, não foi corretamente atendido por servidores da unidade de saúde.

A assessora parlamentar em entrevista concedida ao São Carlos Agora disse que seu pai teria chegado a UPA por volta das 7h e estava hipertenso. Todavia, devido ao grande movimento que ocorria na unidade de saúde neste feriado natalino, o idoso foi atendido somente às 10h. Foi feito os procedimentos iniciais. Todavia a pressão arterial que estava a 25 não cedia.

A partir daí, preocupada com a saúde do pai, que além de hipertenso é diabético, a assessora parlamentar teria discutido com funcionários.

"Eles alegaram que a demora no atendimento seria o fato de ter muita gente na fila de espera e teria que ser por ordem de chegada. Mas meu pai estava em início de infarto e quando indaguei a servidora, ela disse que deixou a família para atender a população", afirmou a mulher.

Diante da discussão, a Guarda Municipal foi acionada e o caso foi parar no plantão policial onde o fato foi registrado em boletim de ocorrência.

ENFERMEIRAS REBATEM ACUSAÇÕES

Duas enfermeiras, respectivamente de 32 e 36 anos, foram ao plantão policial e deram as suas versões quanto ao atendimento ao idoso de 75 anos que estava com a pressão arterial alterada.

Segundo elas, o paciente chegou a UPA Vila Prado por volta das 7h30 e foi medicado. Na oportunidade estava sem acompanhante. Após ser medicado, foi orientado a aguardar em repouso na própria unidade. Todavia ele teria pego seu carro e foi abastecer, retornando à UPA 1h20 depois, onde foi constatada que sua pressão estaria ainda alterada. "Ele não obedeceu ao repouso", afirmaram.

"Ele foi medicado e de acordo com o protocolo, teria que esperar mais uma hora para nova medição, o que foi feito. A pressão ainda estava alterada e foi medicado pela segunda vez", afirmaram as enfermeiras.

Entretanto, as servidoras disseram que o idoso foi embora e teria retornado duas horas depois (por volta das 11h) com a filha e queria passar na frente dos outros pacientes que estavam na fila de espera.

"Pai e filha foram orientados que deveriam aguardar, pois todos que estavam ali precisavam de atendimento. Foi quando ela começou a ameaçar os funcionários e ligar para o diretor e secretário de Saúde, pois seu pai deveria ter prioridade".

Mesmo assim as enfermeiras disseram que mantiveram o protocolo, pois teriam que esperar o atendimento em respeito aos demais pacientes que estavam na UPA.

Passados alguns minutos o diretor municipal de Saúde, Marcos Palermo chegou até a unidade de pronto atendimento e segundo a filha, ele teria autorizado a dar prioridade ao seu pai.

"Entretanto o diretor disse que não existia tal prioridade e se fosse caso de urgência, o paciente seria levado para uma sala específica. Mas como ele estava ali, teria que esperar na fila. Foi quando a filha disse que não teria usado o nome do diretor e passou a ofender o corpo de enfermagem e que eles teriam sido tratados com descaso. Durante este processo ela ficou no corredor da UPA e instigou os pacientes a criticar o atendimento. Gravava com celular e dizia que iria postar nas redes sociais", afirmaram as enfermeiras. "A Guarda Municipal foi acionada e orientaram que ela deveria aguardar fora da UPA. Mas insistia em tumultuar".

As enfermeiras relataram ainda que a UPA estava lotada, pois funcionava com menos funcionários que o normal e que havia sobrecarga de pacientes. "Mas todos aguardavam a sua vez e não havia nenhum problema. A única reclamação partiu desta senhora", finalizaram.