Cinco mulheres foram assassinadas este ano em São Carlos
18 OUT 2017 • POR • 10h18Somente no Estado de São Paulo, entre janeiro e agosto deste ano, 63 mulheres foram assassinadas. Esses crimes normalmente acontecem no ambiente familiar e são praticados em sua grande maioria pelos próprios companheiros. O mês em que ocorreram mais feminicídios foi agosto com 12 casos.
SÃO CARLOS
Na cidade de São Carlos, a Polícia Civil registrou cinco casos de mortes em que as vítimas eram mulheres. As vítimas tinham entre 21 e 66 anos. As mortes foram por espancamento, asfixia e tiros.
BAR DAS MORENAS
A primeira mulher a ser assassinada em 2017 na cidade de São Carlos foi a jovem Andressa Ariane Vicente Menezes, 21, que na madrugada do dia 9 de janeiro, estaria com amigos se divertindo no "Bar das Morenas", localizado na rua José Freitas de Souza, no bairro Cidade Aracy II, quando Leoni Lopes veio a discutir com um travesti defronte ao bar e após sacar sua arma atirou em seu desafeto, porém o tiro acabou atingindo a cabeça de Andressa, que teve morte instantânea. O atirador fugiu e posteriormente se apresentou à Polícia Civil. Ele foi indiciado pelo crime e aguarda julgamento.
CDHU
No dia 10 de fevereiro, a dona de casa Fernanda Cristina do Rio Rocha, 28, foi assassinada a tiros no interior de seu apartamento, localizado no condomínio 5, bloco 3 do CDHU de vila Isabel, pelo amásio de 34 anos, que a agredia e não aceitava o fim do relacionamento. Amigos informaram que Fernanda constantemente era ameaçada de morte pelo ex-companheiro e chegou a ser aconselhada a comunicar a polícia, porém acreditava que o autor do crime desistiria da ideia, porém foi naquela madrugada que adentrou ao apartamento com outra chave a agrediu e ainda teria tentado com travesseiro amortecer o barulho dos. Ele acabou indiciado pelo feminicídio e deverá ser levado a Júri popular.
PLANALTO VERDE
VILA SÃO CAETANO
CIGARROS DO PARAGUAI
Um deles até hoje envolto em muito mistério é o da comerciante Arlete Maria de Souza, 42. Ela foi executada a tiros friamente na frente de várias pessoas, quando conversava com sua advogada sentada na mesa de um bar, localizado na rua São Sebastião, no centro de São Carlos. A principal suspeita é que o crime organizado que age na venda de cigarros contrabandeados do Paraguai teria determinado a morte de Arlete. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) investiga este crime.
Feminicídio é o homicídio doloso praticado contra a mulher por "razões da condição de sexo feminino", ou seja, desprezando, menosprezando, desconsiderando a dignidade da vítima enquanto mulher, como se as pessoas do sexo feminino tivessem menos direitos do que as do sexo masculino.
Como denunciar a violência contra a mulher
Por meio do Disque 180, a mulher receberá apoio e orientações sobre os próximos passos para resolver o problema. A denúncia é distribuida para uma entidade local, como a Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) ou Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM), conforme o estado.