Alunos do IFSC/USP participam da Maratona de Programação
Grupo teve cinco horas para concluir doze desafios, tendo tido como ferramenta um computador
29 SET 2015 • POR Rui Sintra/assessoria de comunicação • 18h01No segundo semestre deste ano acontece a XX Maratona de Programação, cuja primeira fase foi realizada no dia 12 de setembro, enquanto a final brasileira acontecerá nos dias 13 e 14 de novembro. Voltada a alunos de graduação e pós-graduação, a Maratona é organizada anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação desde 1996, como uma das competições seletivas para as finais mundiais do concurso ACM International Collegiate Programming Contest. O objetivo da Maratona de Programação é estimular nos jovens estudantes a criatividade, a capacidade de trabalho em equipe, a busca por novas soluções de software e a habilidade de resolver problemas sob pressão.
Cada time é formado por três alunos e um coach (treinador), que representa a equipe junto à organização da Maratona, que é dividida em duas fases. No Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), foi formado um time composto pelos alunos Bruno Larsen, Caio Dallaqua, Marcelo Duchêne e pelo doutorando André Smaira (coach). O grupo foi um dos 639 times que participaram da primeira fase desta edição, que aconteceuem setembro, em diversos campi universitários do país - o time formado por esses alunos, por exemplo, realizou a primeira fase em Araras, no interior de São Paulo.
Assim como os demais times, o grupo da Unidade teve cinco horas para concluir doze desafios, tendo tido como ferramenta um computador provido de softwares para a edição e compilação de códigos-fonte. Materiais impressos, como livros e manuais, puderam ser consultados durante a prova - assim os participantes se dedicaram ainda mais ao entendimento dos temas e algoritmos abordados, sem memorizá-los forçadamente. Os desafios propostos foram desde problemas "simples", cuja maior dificuldade esteve na interpretação do enunciado, até problemas complexos, onde foi necessário um tratamento matemático-computacional mais rigoroso para modelar a situação apresentada.
Segundo Marcelo Duchêne, o grande obstáculo da equipe do IFSC/USP foi transformar determinados problemas em códigos-fonte. "Boa parte das equipes que participaram da Maratona faz cursos voltados a isso", explica. Assim como os demais integrantes da equipe do Instituto, Bruno Larsen concorda com Duchêne: "Temos menos foco em transformar aquilo que pensamos em linguagem computacional. Sofremos com isso na Maratona", confessa ele.
Mesmo com tais dificuldades, os jovens reconhecem a facilidade que têm para trabalhar em equipe, uma vez que, durante a resolução dos problemas, cada integrante foi responsável por determinada tarefa. Aliás, os desafios menos difíceis tiveram prioridade na ordem de resolução elaborada pelo time: "Foi vantajoso termos buscado inicialmente os problemas mais 'fáceis', porque as questões não tinham peso", pontua Caio Dallaqua.
Nesta primeira fase, o grupo em questão ficou na faixa dos 25 a 30% mais bem colocados do Brasil. Na segunda etapa, onde o nível de complexidade dos desafios será muito mais alto, deverão participar apenas cerca das cinquenta melhores equipes da fase anterior, ou menos de 10% do total de inscritos.