DIG encontra arma que matou “Bochecha” na vila Prado e novamente ouve “Dodo” que reafirma legítima defesa
19 MAI 2015 • POR • 16h24No final da tarde de segunda-feira (18) a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) conseguiu localizar na região central da cidade a arma que o serviços gerais Douglas Henrique Machado Daniel, 23, o "Dodo", usou para matar o ex-presidiário Anderson Luiz Couto, 24, o "Bochecha", no início da tarde do último dia 7 na vila Prado.
Douglas que se apresentou com seu advogado na última quinta-feira (14), prestou seu primeiro depoimento ao delegado Gilberto de Aquino, confessando o crime, dizendo que teria agido em legítima defesa e que não teria certeza de onde jogou a arma usada para matar "Bochecha".
"TALARICO"
"Dodo" alegou que todo entrevero teve início na noite do último dia 5, quando após deixar o trabalho caminhava pela rua Um, no bairro Antenor Garcia na região sul de São Carlos, onde teria se defrontado com "Bochecha", que passou a ofendê-lo, pois tanto ele quanto Anderson teriam um filho com a mesma mulher.
Ele disse "Bochecha" passou a chamá-lo de sem vergonha e "Talarico" (na gíria do mundo do crime é a pessoa que sai com a mulher do outro). O rapaz contou que naquela noite seguiu para sua moradia e perto de um fusca de seu vizinho "Bochecha" teria sacado de uma arma de fogo e atirou contra ele por diversas vezes, não conseguindo acertá-lo.
COMPRA DA ARMA
Ao chegar em um ponto na região de um Parque infantil de vila Prado, "Dodo" alega que pediu para esposa resolver o problema no banco e entregou o filho que estava em seus braços e disse que iria desembarcar para acertar a conversa com "Bochecha".
Já armado com o revólver calibre 22 na cintura ele desceu e ao se defrontar com Anderson, disse que novamente foi chamado de "Talarico". Ao perceber que o desafeto havia colocado a mão em uma pacote que tinha debaixo de um dos braços sacou sua arma e ainda nas proximidades do banco desferiu dois tiros contra Anderson, que mesmo atingido saiu correndo com destino a rua Quintino Bocaiuva.
"Bochecha" correu atrás de Anderson e ainda na avenida Sallum foi atropelado por um veículo, mas se levantou e seguiu correndo atrás da vítima e atirou outras duas vezes.
Ao se aproximar de Anderson, Douglas alegou que ele tentou arrancar sua arma e ele desferiu uma coronhada na cabeça de "Bochecha", que tombou morto no local. Ele disse que agiu sozinho e reafirma que não há qualquer veículo envolvido no crime.
No final da tarde de segunda-feira, os investigadores da DIG estiveram na região da linha férrea na rua General Osório, no Centro de São Carlos, onde apreenderam o revólver, calibre 22, sem a coronha que segundo "Dodo" teria quebrado na cabeça de "Bochecha". Uma outra arma cromada, que não teria relação com o crime também foi apreendida pela DIG no mesmo local.
Como segue sobprisão temporária por 15 dias o serviço geral foi novamente encaminhado para o Centro de Triagem (CT), onde aguarda as conclusões das investigações e o parecer do Ministério Público e Poder Judiciário.