Cresce o número de andarilhos nas praças e ruas de São Carlos
19 FEV 2014 • POR • 15h36O número de andarilhos e moradores de rua que se instalam em vários pontos de São Carlos vem aumentando diariamente e os problemas em praças públicas, residências abandonadas também aumentaram e preocupa a população. A reportagem acompanhou por vários dias a movimentação destas pessoas e fez um mapa dos locais mais frequentados por elas.
Os locais de maior concentração dessas pessoas são o terminal rodoviário, a Praça da Independência defronte ao velório Municipal, Praça defronte a igreja Santo Antonio em vila Prado, Praça dos Voluntários e região do Mercado Municipal, Praça Antonio Prado, Espaço defronte a Estação Cultura, em vagões abandonados no interior da antiga Estação da FEPASA, lajes de comércios na avenida Professor Luiz Augusto de Oliveira, residências nas regiões de vila Marina, Bela Vista, Vila Costa do Sol, bem como em espaços de comércios abandonados em vários pontos da cidade.
Apuramos que o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), localizado na rua São Joaquim, acolhe de segunda a sexta-feira entre 7 e 17 horas, trecheiros e andarilhos e moradores de rua, os quais recebem café da manhã, almoço e café da tarde. Uma fonte informou que todos são cadastrados e recebem orientações e amparo, bem como os moradores de outras cidades se quiserem regressar para suas regiões chegam a receber passagem. Esta fonte ainda informou que o CREAS presta apoio psicológico e muitos são amparados para tentar retomar suas vidas com um novo trabalho. A partir das 18 horas e até as 7 horas do dia seguinte o Albergue Noturno coordenado pelo Serviço de Obras Sociais Santa Isabel, instalado na rua Rotary Club na vila Marina recolhe moradores de rua. No albergue todos também são cadastrados e recebem banho e café da manhã e alguns ainda recebem transportes para regressar para suas cidades, porém muitos voltam para as ruas.
Uma das dificuldades enfrentadas pelos funcionários do CREAS e Albergue Noturno são os usuários de crack e de bebidas alcoólicas, que insistem em adentrar nas unidades sob efeito de álcool ou de drogas.
Uma mulher de 36 anos, que há quatro anos reside nas ruas de São Carlos diz que após passar 10 anos casada e com duas filhas na cidade de Matão, cansou de apanhar do marido e fugiu de casa. Ela diz que sente saudades da família e de sua cidade natal. A mulher que seria uma enfermeira espera que no mês de junho volte a Matão para rever a família e rever as filhas.