Governo não negocia e servidores públicos fecham os portões da UFSCar
Greve deve continuar: "Não haverá matricula, não haverá segundo semestre, não haverá vestibular"
31 JUL 2012 • POR • 11h52Na manhã desta terça-feira (31), os servidores públicos federais, juntamente com Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (SINTUFSCar), fecharam a portaria principal da UFSCar para mais uma manifestação contra a postura do Governo de não negociar com a categoria.
Os técnicos administrativos em Educação já estão em greve há 44 dias, em todas as 59 Universidade Federais. A principal reivindicação dos sindicatos são as reposições das perdas inflacionárias dos servidores públicos.
De acordo com o SINTUFSCar, a greve se dá pela falta de compromisso dos governos Lula e Dilma (PT) em tratar com seriedade as reivindicações apresentadas pela categoria.
Durante a manhã de hoje, os servidores públicos da UFSCar, fecharam a portaria principal da Universidade, em São Carlos, para mais uma vez tentar sensibilizar o Governo e conseguir que o mesmo aceite negociar com os trabalhadores e apresente propostas concretas para os sindicatos.
Ainda segundo Sérgio, a manifestação que ocorre hoje é em nível nacional, em todas as Universidades Federais do país e tem como objetivo mostrar para o Governo que a greve é forte e é a nível nacional. Ele lembrou ainda que os portões estão fechados apenas para os carros, e as pessoas que quiserem entrar na Universidade não estão sendo impedidas, desde que façam isso a pé.
A manifestação em frente à Universidade, de continuar durante todo o dia e a greve deve continuar até o Governo e os Sindicatos acertarem todos os pontos apresentados em pauta. Até essa negociação ocorrer, as Universidades continuam paralisadas. Amanhã, segundo o SINTUFSCar, será realizada uma assembléia para avaliar a manifestação de hoje e o impacto que teve.
O sindicato espera receber o apoio da população e dos alunos, para que as aulas, assim como os trabalhos possam ser normalizadas. "Esperamos não só o apoio da população de São Carlos, mas sim como um todo. A gente pede a compreensão das pessoas, sabemos que é ruim fechar os portões da Universidade, a gente sabe que há um atendimento que é feito à população pela Unidade de Saúde Escola (USE), porém a nossa manifestação hoje é para que esse atendimento possa ser cada dia melhor. Se a gente aceita essa situação que está posta aí, amanhã não sabemos o que vamos ter. Não temos uma perspectiva de crescimento" finalizou Sérgio Pinheiros Nunes.