Doenças de verão exigem atenção redobrada e cuidados preventivos
Aumento das chuvas e maior circulação de pessoas favorecem infecções como leptospirose, conjuntivite viral e doenças transmitidas pela água
21 DEZ 2025 • POR Da redação • 10h39Com a chegada do verão, o aumento das temperaturas, das chuvas intensas e da circulação de pessoas cria um cenário favorável para diversas doenças típicas da estação. Infecções como leptospirose, conjuntivite viral, gastroenterites, micoses e enfermidades transmitidas por mosquitos têm maior incidência entre dezembro e março. Segundo a médica infectologista Silvia Fonseca, docente do IDOMED (Instituto de Educação Médica), a prevenção é o principal recurso para reduzir riscos e evitar complicações que podem se agravar rapidamente.
A especialista explica que o período chuvoso é especialmente crítico para a leptospirose, doença causada pela bactéria Leptospira, presente na urina de roedores. “O contato com água contaminada é a principal forma de transmissão. Qualquer pessoa que caminhe por ruas alagadas ou tenha contato com enchentes está exposta”, afirma Silvia Fonseca. Ela alerta que sintomas como febre, dor muscular intensa, dor de cabeça e icterícia exigem avaliação médica imediata.
Outro problema comum no verão é a conjuntivite viral, altamente contagiosa e favorecida pela combinação de ambientes fechados, piscinas lotadas e maior contato entre as pessoas. “Lavar bem as mãos, evitar coçar os olhos e não compartilhar toalhas ou maquiagens são medidas simples que ajudam a conter a transmissão”, orienta a infectologista.
As gastroenterites também costumam aumentar na estação, impulsionadas por alimentos mal conservados e água contaminada. Segundo Silvia Fonseca, manter rigor na higiene dos alimentos, consumir água potável e evitar refeições expostas ao calor por longos períodos são atitudes fundamentais para prevenir intoxicações e infecções intestinais.
Além disso, o verão é marcado pelo avanço de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya. “Eliminar focos de água parada é uma responsabilidade coletiva. Pequenos recipientes esquecidos em quintais, calhas, lajes e vasos podem se tornar criadouros do Aedes aegypti”, destaca.
Para a docente do IDOMED, a chave para um verão mais seguro está na prevenção cotidiana. Ela recomenda lavar bem as mãos, evitar contato com enchentes, usar repelente, manter as vacinas em dia e redobrar os cuidados com higiene e hidratação. “Quando as pessoas entendem os riscos associados às chuvas, ao calor e às aglomerações, conseguem adotar hábitos que diminuem significativamente a circulação de doenças”, conclui.