Mario Casale descarta candidatura a deputado e classifica política como "suja" e "nojenta"
Líder do NOVO atribui sua derrota à força da propaganda dos adversários e à polarização política entre lulistas e bolsonaristas
18 DEZ 2025 • POR Da redação • 09h58O candidato derrotado nas eleições para prefeito em 2024, Mario Casale (NOVO), afirmou, na manhã desta quinta-feira, 18 de dezembro, durante o Jornal da Manhã, da Jovem Pan FM, que não pretende ser candidato nas eleições de 2026, apesar de seu partido desejar que ele concorra a uma vaga na Câmara dos Deputados.
“O partido gostaria muito que eu saísse (candidato a deputado). Claro que existe o capital político e isso ajudaria muito o partido. Se eu for candidato, terei poucas chances de vencer. Se eu sair candidato, será para ajudar o partido, em um trabalho regional para aumentar o número de cadeiras da legenda. Não adianta sonhar com algo impossível. Para ser deputado, é preciso fazer um trabalho de longa data, com dedicação diária nesse assunto. O partido quer muito, mas eu tenho que ver a conjuntura e as questões familiares”, destacou.
O empresário afirmou que não tem prazer em fazer vídeos para exercer críticas a quem quer que seja. “Meu sonho era ser prefeito para fazer um trabalho digno e honesto, realizar uma boa gestão, reunir as pessoas boas da cidade para fazer um trabalho diferenciado. Não é do meu jeito ficar criticando o tempo todo.”
Casale destacou que seu objetivo é chegar ao Poder Executivo para “fazer acontecer”. “Eu não preciso de carreira política, de emprego, do tipo ‘ah, perdeu a eleição e arruma um carguinho para mim’. Minha vida é diferente. Eu já nasci em uma família empresária e, graças a Deus e ao trabalho da minha família, nunca precisei de cargo público. Infelizmente, os homens bons estão fugindo da política. Essa é uma realidade. A política é nojenta, é difícil, é complexa. A forma como a política puxa as pessoas não é um reflexo cem por cento da sociedade. Na política, as pessoas de bem são exceção.”
Ele comentou que admira muito o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO). “Ele deixou a vida empresarial, fez um trabalho excepcional em Minas e se reelegeu governador. Ele fez tudo naquela loucura, como eu fiz, e deu certo”, comentou. Sobre uma candidatura de Zema à Presidência da República, afirmou que se trata de uma tarefa difícil devido ao tamanho do partido, ao tempo de TV e a outras restrições.
O ex-candidato destacou que o NOVO descarta alianças com partidos como PT e PSOL. Ele afirmou que a sigla pode até fazer alianças com a direita ou com o centro. “De repente, um MDB, um PL, desde que tenha pessoas honestas. Esses partidos são enormes e, é claro, têm de tudo”, ressaltou.
Casale destacou que tem acompanhado a política são-carlense à distância no período após as últimas eleições municipais. Ele atribuiu sua derrota à força da propaganda dos adversários e à polarização política entre lulistas e bolsonaristas. Também destacou que, após o pleito de 2024, assumiu a criação de gado em uma fazenda da família e vem se dedicando à atividade pecuária.
Ele afirmou que seria bom para a cidade um acordo que reduzisse o número de candidatos, para que São Carlos pudesse, finalmente, ter deputados estaduais e federais eleitos. Porém, vê barreiras partidárias para que esse objetivo seja alcançado. “Infelizmente, a política é suja, nojenta e complicada”, concluiu.