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Centro do Idoso encerra ano com celebração e protagonismo da terceira idade

5 DEZ 2025 • POR Jéssica C.R. • 22h01

O Centro de Referência do Idoso Vera Lúcia Pilla promoveu, na última quinta-feira (4), o encerramento das atividades de 2025 com um evento marcado pela celebração das conquistas e pelo fortalecimento dos vínculos entre os frequentadores. A programação trouxe a tradicional mostra dos trabalhos desenvolvidos durante o ano e o sorteio das peças produzidas pelas participantes.

Além da exposição, o encontro foi dedicado à partilha de experiências, com relatos emocionantes sobre superação, apoio mútuo e até situações descritas como verdadeiros “milagres”. Os depoimentos ressaltaram o impacto do Centro na vida dos idosos, reforçando sua contribuição social, emocional e cultural.

A supervisora da unidade, Nilva Rodrigues, destacou o protagonismo dos frequentadores e o papel coletivo na construção do espaço. “Eles chegam em busca de movimento ou companhia, mas permanecem porque encontram confiança, acolhimento e outras vidas que se entrelaçam às suas. Eles não são apenas parte da história do Vera Lúcia Pilla; eles são o Vera Lúcia Pilla”, afirmou.

Segundo Nilva, a identidade do Centro é construída diariamente por quem o frequenta. “Este local só existe porque cada um deposita aqui sua energia, sua coragem e sua trajetória. Apropriem-se dele, habitem-no com presença, voz e atitude”, reforçou.

O evento encerrou com mensagens de agradecimento, votos de um Natal de paz e um Ano Novo com saúde, união e novas oportunidades. A equipe reafirmou o compromisso em 2026 de seguir promovendo o protagonismo da pessoa idosa.

Pré-estreia teatral destaca luta contra o idadismo

A programação contou ainda com a pré-estreia da peça “O fim da linha é só o começo”, produzida por um grupo de atrizes idosas do próprio Centro. O espetáculo tem como cenário simbólico o encontro dessas mulheres aos pés de uma árvore centenária, metáfora das raízes do envelhecimento e de suas transformações.

A peça foi construída a partir de pesquisas e relatos reais sobre situações de preconceito, invisibilidade e resistência. Os depoimentos, comparados a folhas levadas pelo vento, se transformam em cenas que denunciam o idadismo e celebram a potência da velhice como produção de vida, afeto e sabedoria.

A estreia oficial está marcada para 7 de dezembro, às 17h, no CEMAC (Centro Municipal de Arte e Cultura), localizado na Rua São Paulo, 745, Centro.