SAAE registra aumento nos furtos de grelhas e grades de bueiros em São Carlos
Crimes contra o patrimônio público dobram em um ano, colocam em risco a segurança da população e geram prejuízos aos cofres públicos
17 OUT 2025 • POR Jessica CR • 14h13O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Carlos registrou um aumento expressivo nos furtos de grelhas e grades de bueiros em 2025. Até o momento, já foram realizadas 101 substituições dessas estruturas, quase o dobro do total de 2024, quando foram contabilizadas 53 trocas. O prejuízo estimado pela autarquia chega a R$ 165 mil.
Riscos e prejuízos
Os bueiros — também conhecidos como bocas de lobo — são essenciais para o escoamento das águas pluviais nas vias públicas. A ausência dessas estruturas, provocada pelos furtos, representa risco direto à segurança de motoristas e pedestres, especialmente crianças e idosos, que podem sofrer acidentes devido às aberturas deixadas nas ruas.
Além do impacto sobre a segurança, o problema gera gastos adicionais aos cofres públicos, com a necessidade de reposição constante. O custo médio de substituição de cada grade ou grelha é de R$ 1.631,43, valor que inclui o material, transporte e mão de obra.
Problema nacional
A situação vivida em São Carlos reflete uma realidade que se repete em várias cidades brasileiras. No Rio de Janeiro, por exemplo, foram furtadas mais de 5 mil grelhas apenas em 2024, causando prejuízo de quase R$ 2 milhões à prefeitura.
Para tentar conter o avanço desse tipo de crime, o SAAE de São Carlos vem reforçando ações de fiscalização e monitoramento, além de substituir imediatamente as estruturas danificadas. Em locais onde os furtos são reincidentes, a autarquia tem optado por instalar grades de concreto, com o objetivo de reduzir custos e dificultar o furto.
Colaboração da população
O presidente do SAAE, Derike Contri, destaca que o enfrentamento do problema depende também da participação da população e de ações policiais contra os receptadores de metais furtados.“Enquanto houver quem compre, haverá quem furte. Por isso, é essencial que toda a sociedade colabore, denunciando práticas suspeitas e contribuindo para preservar o patrimônio público e a segurança de todos. Pedimos, também, que haja consciência dos donos de ferros-velhos para que não comprem esse tipo de material. Somente desta forma essa prática terá um fim, de forma eficaz e definitiva”, reforçou Contri.