Bispo Dom Luiz Carlos convoca fiéis a jejum e orações pela paz no mundo
Religioso emite documento em prol da paz criticando as guerras da Ucrânia e do Oriente Médio, que estão ceifando o futuro de milhões de crianças
22 AGO 2025 • POR Da redação • 08h08O Bispo Dom Luiz Carlos Dias divulgou, nesta quinta-feira, 21 de agosto, uma Carta Circular convocando os católicos para jejuar e rezar durante esta sexta-feira, 22 de agosto, em prol da paz. O religioso, em seu documento, cita os conflitos bélicos na Faixa de Gaza, no Oriente Médio, e também a Guerra da Ucrânia.
Ele afirma que as guerras estão traumatizando as crianças, inviabilizando o futuro dos jovens e deixando um rastro de destruição material e espiritual. “É sabido por todos que a guerra não lega herança edificante para a dignidade das pessoas e nem para o caminhar dos povos e da humanidade. É preciso cessar as guerras”, diz o bispo.
“A Igreja não caminha desligada do mundo, e o coração de nosso Sumo Pastor se volta para as dores da humanidade, nos convidando à solidariedade, para não nos deixarmos seduzir pelo indiferentismo, o qual o Papa Francisco tanto denunciou e combateu. Por isso, uno-me à convocação feita pelo Papa Leão XIV, que nos convida a fazermos amanhã (hoje) um dia de oração e jejum pela paz”, ressalta Dom Luiz Carlos.
A ÍNTEGRA DA CARTA DO BISPO
São Carlos, 21 de agosto do Ano Santo de 2025
Memória de São Pio X
CARTA CIRCULAR
AO POVO DE DEUS DA DIOCESE DE SÃO CARLOS,
PADRES, DIÁCONOS, SEMINARISTAS, RELIGIOSOS E FIÉIS
Saudações a todos em Cristo, nosso Senhor!
Os noticiários continuam a informar acerca dos inúmeros conflitos bélicos em andamento em diversas partes da nossa Casa Comum, gerando destruições, ressentimentos de difícil superação entre pessoas, famílias e povos e, sobretudo, ceifando vidas inocentes, traumatizando as crianças, inviabilizando o futuro dos jovens, enfim, deixando um rastro de destruição material e espiritual. É sabido por todos que a guerra não lega herança edificante para a dignidade das pessoas e nem para o caminhar dos povos e da humanidade. É preciso cessar as guerras.
Como sabemos que tal intento é difícil de obter sem os auxílios celestes, é bem-vinda a convocação do Papa Leão XIV de orações e jejum pela paz. Somos testemunhas de que ele, desde as suas primeiras palavras como Pontífice da Igreja, tem se empenhado em mobilizar a humanidade, sobretudo os cristãos, a contribuírem para o advento de um mundo fraterno, justo e de paz.
A Igreja não caminha desligada do mundo, e o coração de nosso Sumo Pastor se volta para as dores da humanidade, convidando-nos à solidariedade, para não nos deixarmos seduzir pelo indiferentismo, o qual o Papa Francisco tanto denunciou e combateu.
Por isso, uno-me à convocação feita pelo Papa Leão XIV, que nos convida a fazermos amanhã um dia de oração e jejum pela paz. Nesse sentido, disse o Santo Padre que amanhã:
“[...] celebraremos a memória da Bem-Aventurada Virgem Maria Rainha. Maria é Mãe dos crentes aqui na terra e é também invocada como Rainha da Paz. Enquanto o nosso mundo continua a ser ferido por guerras na Terra Santa, na Ucrânia e em muitas outras regiões do planeta, convido todos os fiéis a viverem o dia 22 de agosto em jejum e oração, suplicando ao Senhor que nos conceda paz e justiça e que enxugue as lágrimas de quantos sofrem devido aos conflitos armados em curso. Maria, Rainha da Paz, interceda a fim de que os povos encontrem o caminho da paz!”.
Peço, portanto, que em todas as nossas paróquias e comunidades da Diocese de São Carlos este apelo seja acolhido com generosidade. Convido sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas a se unirem em oração, intensificando a devoção mariana, oferecendo o sacrifício do jejum e dedicando este dia ao clamor pela paz. Quando falta paz em algum canto da Terra, falta a paz a todos os corações humanos, visto que todo ato humano traz à humanidade inteira as suas consequências.
Não pensemos que a guerra é distante e que, por isso, não precisamos rezar. A guerra está ao nosso lado. Ouçamos o apelo do Santo Padre. Que a intercessão de São Pio X, fundador de nossa Igreja Particular e cuja memória celebramos na liturgia de hoje, e a maternal proteção da Beatíssima Virgem Maria, Rainha da Paz, nos sustentem neste propósito.
Fraternalmente, abençoo cada um de vocês e suas famílias com minha bênção apostólica e orações constantes.
DOM LUIZ CARLOS DIAS
BISPO DA DIOCESE DE SÃO CARLOS