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Homem é preso ao tentar sequestrar aluno autista em escola

15 AGO 2025 • POR Da redação • 08h58
Alunos saindo da escola [imagem ilustrativa] - Agência Brasil

 Um homem de 28 anos foi preso em Taquaritinga, a 85 quilômetros de São Carlos, após se passar por cuidador de um aluno de 10 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista, na Escola Municipal Amando de Castro Lima. O caso veio à tona depois que a diretora da escola acionou a Polícia Militar, desconfiada da presença do suspeito no local.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem se apresentou na escola como cuidador do estudante, mas usava um nome falso. Ao ser questionado sobre sua função, ele não conseguiu apresentar a documentação necessária. A diretora da escola entrou em contato com a Secretaria de Educação, que orientou que ele fosse até o setor para regularizar sua situação.

A situação gerou um alerta quando, no corredor da escola, o aluno chamou o suspeito pelo nome verdadeiro. A diretora imediatamente acionou a mãe da criança. A genitora revelou que o homem era um professor de um projeto na cidade de Catanduva, onde a família morava, e que o filho participava.

A mãe da criança relatou que o suspeito já havia demonstrado comportamentos inadequados, como oferecer presentes caros e insistir em levar o aluno para passear, o que sempre era negado. Após a mudança da família para Taquaritinga, o homem continuou a insistir em manter contato, enviando mensagens por meio de números bloqueados.

Em depoimento à polícia, o aluno, visivelmente abalado, chorou muito e afirmou que o homem o incomodava com falas e toques de cunho sexual. A criança relatou ter sofrido abusos na sala de aula e na escola, fornecendo detalhes à equipe policial.

Com base nas informações, o suspeito foi encaminhado à Delegacia da Mulher, onde permaneceu preso. O caso foi registrado como tentativa de sequestro qualificada. O homem foi transferido para a Cadeia Pública de Santa Ernestina e o celular dele foi apreendido para perícia.

A vítima foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito, e uma medida protetiva em favor do estudante e de sua família foi solicitada. A Polícia Civil continua investigando o caso para apurar todos os fatos e circunstâncias.