Economia

Comércio registra maior retração do ano em junho, aponta Serasa

Setor de "Veículos, Motos e Peças" registrou retração de 4,0% e foi o principal responsável pelo ressarcimento mensal

18 JUL 2025 • POR Jéssica C.R. • 16h05
Dia das Mães é uma das datas mais importantes para o comércio varejista brasileiro, junto com o Natal e a Black Friday - Divulgação/Procon

Em junho, a atividade do varejo físico brasileiro registrou sua maior queda do ano, com retração de 0,8% em relação a maio, segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian , primeiro e maior datatech do país. Para a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, o desempenho de junho é um sinal de alerta para o varejo. “Apesar da estabilidade relativa nos meses anteriores, a retração mais forte em junho mostra que o consumo segue pressionado pelo ambiente de juros altos e crédito caro”, analisa.

O principal responsável pela retração da atividade comercial em junho foi o setor de “Veículos, Motos e Peças”, que registrou queda de 4,0% no mês. Já o segmento de “Material de Construção” não teve alteração em relação a maio. Por outro lado, a maior alta foi observada no setor de “Combustíveis e Lubrificantes”, que avançou 2,8%. Segundo um economista da datatech, os setores mais sensíveis ao crédito, como veículos e material de construção, foram os mais impactados pelo ambiente de juros elevados, o que contribuiu para o desempenho negativo no mês. “Por outro lado, segmentos como supermercados e vestuário, têm se sustentado graças a um mercado de trabalho ainda robusto e às políticas públicas de suporte à renda”, complementa Camila Abdelmalack

Variação anual teve aumento de 3,7%

Na comparação entre junho de 2025 e o mesmo mês de 2024, a atividade do comércio físico cresceu 3,7%

Nesta visão anual, o segmento “Material de Construção” teve o maior aumento (6,0%), seguido por “Combustíveis e Lubrificantes” (5,3%), “Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios” (5,0%), “Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática” (4,9%), “Veículos, Motos e Peças” (2,7%) e “Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas” (2,3%).

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