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Família de idoso com câncer raro faz apelo por medicamento de alto custo em São Carlos

15 JUL 2025 • POR Jessica Carvalho R. • 18h59
Jorge Aparecido Marrega, de 69 anos, luta contra um câncer raro e precisa de ajuda para continuar o tratamento com medicamento de alto custo. Família faz apelo por doações. Perguntar ao ChatGPT - Arquivo pessoal

A família do mecânico Jorge Aparecido Marrega, de 69 anos, morador do bairro Douradinho, em São Carlos, está em busca de ajuda para dar continuidade ao tratamento contra um tipo raro e agressivo de câncer: o linfoma de células do manto (LCM). A doença, um subtipo de linfoma não Hodgkin de células B, não tem cura, mas pode entrar em remissão com o tratamento adequado. O tratamento não é oferecido pelo SUS. 

Segundo a esposa de Jorge, a senhora Maria Bernardete, os primeiros sintomas surgiram no início de 2024, quando ele passou a apresentar inchaços pelo corpo. Após diversas consultas nas unidades de pronto atendimento da cidade e a realização de uma biópsia, veio o diagnóstico. Desde então, ele faz tratamento na Santa Casa de Araraquara, uma vez que São Carlos não possui estrutura pública para atendimento oncológico específico como o dele.

O medicamento necessário para controlar o avanço da doença é o Rituximabe, fornecido em doses específicas e com alto custo. A primeira etapa do tratamento, composta por nove frascos do remédio e custando quase R$ 33 mil, foi viabilizada por meio de uma decisão judicial. Apesar dos resultados positivos, a continuidade da medicação é essencial, mas a família não tem condições financeiras para custear novas doses.

O hospital prescreveu diferentes esquemas possíveis de aplicação do medicamento, envolvendo entre 12 a 36 frascos, a serem administrados por via intravenosa a cada quatro semanas, em um total de 12 ciclos. A família já acionou novamente a Justiça para tentar garantir o fornecimento do medicamento, mas ainda aguarda uma resposta.

A próxima sessão de Jorge está marcada para o dia 18 de julho, e até o momento, ele não dispõe da medicação necessária. Diante da urgência, os familiares fazem um apelo à comunidade por doações ou qualquer tipo de ajuda que possa viabilizar o tratamento e oferecer uma nova chance de vida ao idoso.

Atualização 17/07/25 14h15

A esposa do paciente informou à reportagem que a advogada responsável pelo caso entrou em contato na quarta-feira (16) comunicando que a ação judicial referente ao fornecimento do medicamento foi julgada procedente. Segundo ela, a Prefeitura já efetuou o pagamento das nove primeiras doses e garantiu a cobertura das próximas que forem necessárias. No entanto, a entrega está atrasada devido à falta de insumos nos laboratórios responsáveis pela produção.