Latrocínio

Homem que matou comerciante durante assalto em padaria é condenado a 23 anos de prisão

6 MAI 2025 • POR Redação • 19h03

Foi condenado nesta terça-feira (6) a 23 anos e 4 meses de prisão, em regime inicial fechado, Marco Aurélio Mateus, acusado de matar o comerciante Isildo Rodrigues Terra durante um assalto à Fábrica de Pães, localizada na Vila Lutfalla, em São Carlos. O crime aconteceu na manhã de 5 de maio de 2023, por volta das 5h50, e chocou a cidade.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o réu invadiu o estabelecimento armado, rendeu a vítima e efetuou três disparos com arma de fogo, atingindo o comerciante no tórax e na perna esquerda. Mesmo após ser socorrido e submetido a cirurgia, Isildo não resistiu aos ferimentos e morreu após ficar internado na Santa Casa.

Durante a ação criminosa, apenas o veículo da vítima, uma Fiorino branca utilizada para entregas, foi levado. O automóvel foi localizado pouco tempo depois, abandonado próximo ao local do crime, com manchas de sangue em seu interior. Exames periciais confirmaram compatibilidade do material genético com o DNA de Marco Aurélio.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que contou com a ajuda de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas. Durante o julgamento, realizado por videoconferência na 2ª Vara Criminal da cidade, foram ouvidos funcionários da padaria, vizinhos e amigos da vítima, além dos policiais responsáveis pelo inquérito.

A juíza Fernanda Lopes dos Santos considerou a materialidade e autoria do crime devidamente comprovadas. Na sentença, destacou a gravidade do delito, o risco de reiteração e a conduta violenta do réu, negando a ele o direito a regime mais brando ou à suspensão condicional da pena.

A defesa pediu a fixação da pena mínima e o regime semiaberto, alegando confissão do réu e tentativa de colaboração. A magistrada, no entanto, manteve a pena conforme solicitado pelo Ministério Público, com aplicação de multa e custas processuais — suspensas por conta da concessão da justiça gratuita.

Marco Aurélio Mateus permanece preso na Penitenciária de Araraquara e manifestou intenção de recorrer da decisão. O caso seguirá agora para análise da Defensoria Pública em instância superior.