Dia internacional da mulher

MERCADO DE TRABALHO: Mulheres empatam com os homens na indústria e dominam setor de serviços

A área de serviços por sua vez é toda dominada pelas mulheres. No total foram 718 postos de trabalho gerados para mulheres e apenas 119 para homens

8 MAR 2025 • POR Da redação • 14h27
Indústria - Agência Brasil

Dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho Emprego, revelam que durante o ano de 2024, do total de 2.889 vagas geradas em São Carlos, 1.774 foram ocupadas por mulheres e 1.115 por homens, o que significa uma diferença e 659 empregos a mais conquistados pelo sexo feminino. 

Mesmo na indústria, que tradicionalmente sempre foi dominada pelos homens, as mulheres conquistaram 846 postos de trabalho, apenas 20 a menos que os homens, que ocuparam 866 postos de trabalho no ano passado

A área de serviços por sua vez é toda dominada pelas mulheres. No total foram 718 postos de trabalho gerados para mulheres e apenas 119 para homens. Existem alguns segmentos onde a mão de obra feminina tem a imensa maioria. É o caso da educação e da saúde, por exemplo.
Para se ter uma ideia, na Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, as mulheres representam cerca de 88% do total de mais de 1.000 trabalhadores diretos que fazem o hospital funcionar 24h por dia. São médicas, enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem, camareiras, cozinheiras, secretárias, administradoras e etc, que tocam o cotidiano de uma das principais instituições regionais de saúde da Região Central Paulista. 

Somados, indústria e serviços, que puxaram o emprego formal em 2024, as mulheres conseguiram um saldo de 1.564 vagas enquanto os homens conseguiram 989. Os números provam que as mulheres superaram os homens em mais de 50% nos novos contratos destes novos contratos CLT.  

NÚMEROS PARADOXAIS NO BRASIL - Em 2024, as mulheres registraram um crescimento maior na ocupação de vagas de trabalho formal do que os homens. O saldo dos empregos formais para homens cresceu 10% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023. Já

o saldo para as mulheres aumentou 45%. Os dados são de um estudo do FGV Ibre, Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, que mostrou que esse crescimento contribui para uma redução da desigualdade no mercado de trabalho.
Ainda assim, em números absolutos, os homens ocupam a maior parte das novas vagas com carteira de assinada em todo o país. O salário médio deles também é maior do que o das mulheres.

Segundo o estudo, o crescimento expressivo no saldo feminino de vagas ocupadas no mercado formal gerou uma mudança na composição do saldo total de empregos geral. No acumulado de janeiro a agosto de 2023, cerca de 60% do saldo de empregos criados no Brasil foram ocupados por homens e apenas 39,6% por mulheres. Já no acumulado deste ano a participação das mulheres no saldo total subiu para 46,4%. Um aumento de quase sete pontos percentuais.