Dia das Mulheres

Liderança Feminina na Câmara: vereadoras de refletem sobre a luta por igualdade

8 MAR 2025 • POR Abner Amiel • 09h11
Vereadoras Cidinha do Oncológico, Larissa Camargo, Raquel Auxiliadora e Fernanda Castelano. - Abner Amiel

No Dia Internacional da Mulher é fundamental reconhecer as mulheres que ocupam espaços de poder e transformação. Na política, essa presença feminina tem sido cada vez mais significativa, não apenas como um reflexo da busca por igualdade, mas também como um movimento que impulsiona mudanças reais na sociedade. 

Em São Carlos, quatro vereadoras se destacam como representantes da força feminina, liderando com compromisso, enfrentando desafios diários e buscando políticas públicas mais justas.

É importante frisar que o município teve sua primeira vereadora eleita na eleição direta de 1947. A professoraElydia Benetti (1906-1965) foi a primeira vereadora a ocupar assento na Câmara, na legislatura de 1948 a 1951. Foi somente em 26 anos mais tarde que o Legislativo são-carlense voltou a ter representação feminina, em 1977, com a posse da professora Mirjam Schiel.

Subsequentemente, passaram pela Câmara as vereadoras Julieta Lui, Maria Regina Silva Bortolotti, Diana Cury, Géria Maria Montanari Franco, Laíde das Graças Simões, Silvana Donatti, Cidinha do Oncológico, professora Neusa Valentina Golineli e Raquel Auxiliadora. No atual mandato entraram para o Legislativo são-carlense as vereadoras Fernanda Castelano e Larissa Camargo. No total, 13 mulheres exerceram o cargo de vereadora em São Carlos.

De todas as mulheres citadas, Diana Cury foi a única que presidiu a Câmara Municipal, sendo no biênio de 2005-2006.

O mandato de 2001-2004 foi a legislatura que teve maior presença feminina na Câmara. Cinco mulheres ocupavam as cadeiras do Legislativo Municipal: Diana Cury, GériaMaria Montanari Franco, Julieta Lui, Laíde das Graças Simões e Silvana Donatti.

Atualmente o Legislativo possui quatro vereadoras: Cidinha do Oncológico (Progressistas), Raquel Auxiliadora (PT), Fernanda Castelano (PSOL) e Larissa Camargo (PCDB).

Em entrevista ao SCA, as vereadoras destacaram a representatividade feminina e compartilharam sobre a importância de comemorar o Dia Internacional da Mulher. Veja o que cada uma pensa sobre o dia 8 de março.

Larissa Camargo

“O dia 8 de março é um dia de luta, mas a gente precisa lembrar que essa data é um marcador social e que a gente quer ser respeitadas todos os dias. Por trás da história desta data tem uma história de luta, de um grupo de mulheres trabalhadoras lá em 1857 que morreram, perderam suas vidas dentro de uma fábrica e, a partir daí, a história começou a ser contada como um dia de luta pelos direitos das mulheres. Essa data foi reconhecida pela ONU em 1975. Então, além de celebrar pelo direito das mulheres, precisamos lembrar que mulheres perderam suas vidas para que outras tivessem hoje alguns direitos estabelecidos”.

Fernanda Castelano.  

“O 8 de Março é um dia de luta das mulheres, um dia em que a gente luta por igualdade, por justiça para todas as mulheres. É fundamental que a gente tenha uma sociedade que primeiro respeite todas as mulheres e, segundo, entenda que nós mulheres somos partes dessa sociedade, em paridade com os homens. Quando a gente fala em igualdade de gênero, a gente está falando em poder ocupar todos os espaços da sociedade, igualmente com homens. A gente está falando de poder estar no poder público, no parlamento, de poder estar nas empresas, no espaços sociais, absolutamente integradas e, principalmente, com segurança, com cuidado pela nossa vida. Infelizmente, ainda é imenso o número de feminicídios. Infelizmente, a violência contra a mulher ainda é gigantesca e a gente ainda precisa lutar por nossas vidas. Hoje, então, é um dia que resume nossas lutas como mulheres em nosso país e na nossa cidade”.

Raquel Auxiliadora

8 de março é um dia internacional de luta das mulheres. É um dia de reflexão, de enfrentamento aos desafios que as mulheres ainda têm hoje no mundo todo. É um dia de reivindicação de uma luta histórica das mulheres em busca das igualdades. O dia 8 de março não é uma data comercial, não é uma data para ganhar bombom, ganhar flor, apesar que a gente adora ganhar isso. A questão é que não é uma data comercial, é uma data de reflexão pela condição das mulheres e da luta que a gente teve na humanidade por respeito, por educação, por vida.  Esta data marca essa luta histórica das mulheres.

Cidinha do Oncológico

Hoje, no Dia Internacional da Mulher, celebramos nossa força, nossa coragem e nossas vitórias. Somos aqueles que, ao longo da história, enfrentaram desafios, quebraram barreiras. O de março é um dia que nosso trabalho deve ser lembrado por todos. A mulher atualmente cuida do lar, dos filhos, do marido e trabalha. É importante a sociedade refletir sobre nossa importância, da nossa voz e da nossa capacidade de transformação.