IFSC/USP auxilia UFES e convida dermatologistas para diagnóstico de câncer de pele
7 MAR 2025 • POR (*) Rui Sintra • 06h00Para melhorar substancialmente o banco de dados, o Prof. Renato Krohling pediu ajuda aos pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), atendendo a que esse grupo trabalha desde há muito tempo com a técnica de fluorescência, sendo que a partir daí se poderia criar um outro banco de imagens, desta vez de fluorescência, e que atualmente está ajudando – e muito – os médicos que participam nesse mutirão, já que dessa forma os diagnósticos se apresentam muito mais precisos. Um trabalho publicado recentemente na revista científica “Photodiagnosis and Photodynamic Therapy” mostra que imagens de fluorescência, obtidas com um smartphone conseguem trazer um ganho substancial em termos de precisão no diagnóstico de câncer de pele em cerca de 5%. Embora essa porcentagem ainda não chegue aos 100% de efetividade, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira considera que se fizer uma comparação com os métodos atuais de processamento de imagem, isso está no que se chama de “estado da arte” sendo um método que realmente tem futuro. Para este pesquisador, o que é necessário agora é aumentar esse banco de dados, de imagens, tanto de fluorescência quanto de luz branca, considerando que existe potencial, visto que os algoritmos de IA estão se tornando mais avançados. Então, a ideia é poder ter uma imagem de luz branca e outra de fluorescência, e agregar esses dados que, certamente, irão chegar a um resultado cada vez melhor. Se efetivar isso em situações similares aquela que está ocorrendo no Estado do Espírito Santo, onde principalmente no interior do Estado existe um conjunto grande de populações sem que exista um médico dermatologista experiente a todo momento, isso é relevante pois dá um auxílio enorme no diagnóstico, sublinha o pesquisador. Contudo, outra finalidade – talvez uma das mais importantes – é motivar os dermatologistas interessados em contribuir para esse banco de imagens por forma a que se dê um apoio eficaz a um maior número de populações atingidas pelo câncer de pele, até porque o IFSC/USP disponibilizará o equipamento de fluorescência (Lince) já existente comercialmente. Para Pratavieira, o que interessa é obter fotos de luz branca, de fluorescência, porque o primeiro passo é aumentar esse banco de dados. E, depois, a outra questão é a parte matemática em si, já que ao existir esse banco de dados podem-se testar novas ideias de algoritmos que, por si só, podem aumentar a porcentagem de sucesso no diagnóstico desse tipo de câncer”, finaliza o pesquisador. O citado banco de dados é aberto ao público e pode ser acessado no artigo científico publicado na “Photodiagnosis and Photodynamic Therapy”, em - https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1572100024004988?via%3Dihub . Se os meus leitores tiverem interesse, podem conferir no link a seguir a matéria publicada pela TV Espírito Santo sobre os mutirões acima citados. https://www.youtube.com/watch?v=5nwDBwNCrR0
Torço para que dê certo!
O autor é jornalista profissional/correspondente para a Europa pela GNS Press Association / EUCJ - European Chamber of Journalists/European News Agency) - MTB 66181/SP.
Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.