Asas de um Sonho

Contrato entre museu e Latam é rescindido, mas São Carlos pode ter exposição com parte do acervo

23 FEV 2025 • POR Marco Rogério • 09h05
Costellation da Pananair do Brasil, uma das aeronaves que eram expostas no antigo museu em São Carlos - arquivo SCA

Apesar de o presidente do Museu Asas de um Sonho e filho do fundador da TAM Linhas Aéreas, Rolim Amaro, o empresário Marcos Amaro, ter anunciado nesta sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025, a assinatura de um distrato com a LATAM Airlines, encerrando a utilização da área do museu em sua sede original, o museu deverá ser mantido com parte do acervo em São Carlos. 

Uma fonte da Prefeitura informou à redação do SÃO CARLOS AGORA neste sábado, 22, que, caso a Prefeitura não efetue a PPP (parceria público privada) para definir um local para o museu na cidade, um empresário já teria manifestado o desejo de manter o museu na cidade numa parceria com o CentroCultural Comandante Rolim Adolfo Amaro. 

Embora não afirme isso em público, Marcos Amaro está  considerando muito morosa a postura da Prefeitura de São Carlos e suas iniciativas para manter o museu na cidade enquanto vários outros municípios ofereçam grandes vantagens para receber parte do acervo.

Amaro não descartou a possibilidade de desenvolver o Centro Cultural Comandante Rolim Adolfo Amaro em São Carlos. Esta iniciativa não apenas homenagearia a cidade, mas também preservaria a memória de Rolim Amaro, descrito por seu filho como “um grande pioneiro da aviação brasileira”, reconhecendo suas contribuições para o setor e, especificamente, para São Carlos. Na cidade fica o maior centro de manutenção aeronáutica do Grupo LATAM, que ampliará suas instalações na área do museu.

Parte do Museu Asas de Um Sonho está sendo transferido para o Centro Cultural São Pedro, em Itu (SP), onde já está localizado o Museu FAMA (Fábrica de Arte Marcos Amaro).Paralelamente, Amaro destacou o desenvolvimento do Museu Aeroespacial Paulista (MAPA), previsto para ser instalado no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo (SP). Este projeto, realizado em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), promete ser outro marco na exposição e preservação da história aeroespacial do estado e do país. A expectativa é que o acervo original, com quase 100 aeronaves seja divido em 3 ou até 4 acervos diferentes. 

O presidente do museu fez questão de reconhecer o trabalho das equipes envolvidas, tanto do Museu Asas de Um Sonho quanto da LATAM, elogiando a seriedade e dignidade com que conduziram as negociações.

À medida que estes projetos se desenvolvem, espera-se que ofereçam novas experiências para visitantes, pesquisadores e entusiastas, mantendo viva a memória dos pioneiros da aviação e inspirando futuras gerações.

Finalizando o anúncio com a promessa “Vamos em frente!”, Amaro sinaliza um futuro promissor para estes empreendimentos culturais, que não apenas honram o passado da aviação brasileira, mas também apontam para um horizonte de inovação e preservação histórica.