Um dos centros de pesquisa mais antigos de São Carlos comemora 23 anos - Parabéns CEPOF
20 OUT 2023 • POR (*) Rui Sintra • 07h21Falar do Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica, usualmente conhecido por CEPOF, é abordar um dos mais antigos redutos de ciência na cidade de São Carlos, alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Criado em 1 de outubro de 2000, comemorando, portanto, vinte e três anos de criação e num País onde existem grandes dificuldades em manter projetos duradouros, o CEPOF é um motivo de orgulho não só para o Instituto onde se encontra sediado, mas também para a cidade, para o Estado e para a Nação, com imensa repercussão internacional. Sob a gestão de cientistas de elevado padrão - permitimo-nos destacar aqui os nomes dos Profs. Vanderlei Salvador Bagnato, Euclydes Marega Junior, Sebastião Pratavieira, Cristina Kurachi, Daniel Varela Magalhães, Francisco Gontijo Guimarães e Natália Inada, dentre largas dezenas de jovens pesquisadores -, o CEPOF começou sua jornada agregando pessoas que tinham competência reconhecida na área da óptica e com vontade de desenvolver da melhor forma possível a chamada ciência básica. Além de tudo isso, a esse primeiro contingente foi exigida uma disponibilidade quase total, porque, ao mesmo tempo que se gerasse conhecimento, o mesmo deveria ser repassado para a sociedade. Então, esse grupo de pessoas do CEPOF, agora bem mais dilatado, ao mesmo tempo que avança o conhecimento da ciência com seus trabalhos de laboratório, com suas orientações e teses, também fica atento, observando aonde é que esse conhecimento pode ser aplicado, principalmente nas demandas mais urgentes, como foi o caso da pandemia, com a aprovação de cerca de cem patentes. Além disso, o CEPOF formou centenas de pessoas, tendo contribuído para a criação de mais de quarenta empresas na região de São Carlos, com a geração de milhares de empregos.
Ao longo dos anos, o CEPOF tem marcado a sua rota trabalhando incansavelmente para que sejam gerados novos projetos na fronteira do conhecimento, em pé de igualdade com os outros países, sempre tendo como meta beneficiar a sociedade. Por outro lado, veja-se os equipamentos desenvolvidos nesse centro de pesquisa e que estão aí na área do câncer, do diagnóstico, oftalmologia, metrologia, e na área de descontaminação, de um modo geral, de linhas de produção de empresas, etc.. Vanderlei Salvador Bagnato é um dos cientistas - senão o principal - que coordena esse centro de pesquisa e muitas vezes ouvi ele dizer que a sociedade tem o direito de saber e conhecer o que se faz nesse centro “(...) principalmente porque a gente trabalha com dinheiro público e eu sou um desses cientistas que acham que todo momento de prestar contas para sociedade deve ser usado. Eu não tenho que prestar contas só para os burocratas; eu tenho que prestar contas para o cidadão que paga seu imposto e que quer saber qual o retorno que eu estou dando para ele e para o resto da sociedade (...)”. Parabéns ao Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica, orgulho de São Carlos.
O autor é jornalista profissional / correspondente para a Europa pela GNS Press Association / EUCJ - European Chamber of Journalists / European News Agency) - MTB 66181/SP.
Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.