Tráfico, prostituição, alcoolismo, homicídio

Moradores de condomínios querem solução para baderna no Passeio das Magnólias

Reclamação é que nos finais de semana, mais de mil pessoas se reúnem para todo tipo de vandalismo e imoralidades

28 SET 2021 • POR Marcos Escrivani • 13h14
Passeio das Magnólias: sujeira deixada pelas pessoas que frequentam o local - Marcos Escrivani

Rachas, prostituição, tráfico de entorpecentes, rachas, alcoolismo, som alto e mais recentemente, um caso de homicídio... Segundo os moradores dos condomínios Parque Faber 1, 2 e 3, estes são os problemas que enfrentam todos os finais de semana e que se agravaram com a pandemia da Covid-19.

A situação ficou tão degradante, que ocorrem ainda atos de vandalismo e com isso quem reside naquela região, principalmente na Avenida Passeio das Magnólias afirmam que não tem mais sossego.

O síndico do Parque Faber 3, Paulo Sérgio Antonietti, em entrevista ao São Carlos Agora não escondeu a indignação e disse que a partir das 19h desta quarta-feira, 29, moradores desses condomínios e de outros de São Carlos que passam pelo mesmo problema se reunirão com autoridades municipais para que sejam tomadas providências. O encontro será na área externa do salão social do Parque Faber 3, devido a pandemia da Covid-19.

REVOLTADOS

Antonietti não escondeu que todos os moradores estão revoltados com a atual situação. Segundo ele, nos finais de semana (a partir de sexta-feira), mais de mil pessoas se reúnem ao longo da via expressa a partir das 20h. “E vai madrugada adentro”, afirmou.

O síndico disse que há três anos teria ocorrido uma reunião com a Prefeitura Municipal e medidas paliativas surtiram efeito momentâneo. Nos meses seguintes a baderna e os atos de vandalismo retornaram e com a chegada da pandemia, se agravaram.

O Passeio das Magnólias tem aproximadamente três quilômetros de extensão e termina na região do campus 2 da USP São Carlos. Antonietti ressaltou que a limpeza e benfeitorias na via expressa é mantida pelos três condomínios, Sobloco e Faber Castell a um custo mensal de R$ 12 mil. Salientou que a Prefeitura Municipal não tem qualquer custo.

O local, garantiu, foi criado para que fosse um espaço voltado para a população de São Carlos, onde pudesse ocorrer a pratica de atividades físicas e recreativas e de lazer. “Nossa ideia era que a Prefeitura e as autoridades policiais realizassem apenas fiscalização para que a segurança pudesse ser mantida”, disse.

Entretanto, garantiu, os três quilômetros da via expressa tornou-se um local onde é frequentada por pessoas suspeitas e vandalismo.

“Nós confeccionamos placas de sinalização onde informava que o estacionamento era proibido das 21h às 6h do dia seguinte. Mas elas foram arrancadas pelos vândalos”, disse contrariado o síndico. “Para piorar, a avenida virou local de rachas de carros e motos. Há ainda prostituição, tráfico de drogas e consumo de bebidas alcoólicas desenfreado. Para piorar, aconteceu um homicídio. Como podemos viver com tranquilidade? Fica a impressão que residimos em uma região da cidade que é ignorada pelas autoridades municipais. Queremos apenas que a ordem seja mantida, que famílias possam viver em paz e que as leis sejam cumpridas”, finalizou Antonietti.