No Luisão

São Carlos recebe o lanterna e quer três pontos

Com reforço e desfalques, Águia recebe a SE Itapirense e busca se manter no G3 do grupo 3 da Série B

15 SET 2021 • POR Marcos Escrivani • 07h58
Jogadores comemoram um dos gols da Águia na Série B: time quer mais três pontos contra a Itapirense - Brendow Felipe/São Carlos FC

O São Carlos tem mais um importante compromisso pela Série B do Campeonato Paulista. Às 15h, no estádio municipal Professor Luís Augusto de Oliveira, receberá a visita da SE Itapirense pela sétima rodada da fase de classificação. O encontro é válido pelo grupo 3.

A Águia está na terceira colocação com 10 pontos e a meta é somar mais uma vitória para se manter no G3 ou quem sabe, dependendo da combinação de resultados da rodada, sonhar em voltar a liderança. O visitante, em situação delicada no grupo, está na última colocação com apenas 2 pontos e uma derrota pode significar uma precoce eliminação.

Para este compromisso, o técnico João Batista terá o reforço de Borges que cumpriu a suspensão pelo terceiro cartão amarelo na partida contra o Mogi Mirim.

As situações de Mikael e Hudson estão sendo monitoradas pela comissão técnica. Ambos estão em fase de transição para tentar voltar, porém existe uma precaução. “Temos que tomar o máximo de cuidado. Provavelmente não ficam à disposição para esta quarta”, adiantou João Batista.

Por outro lado, Hygor e Gabriel Zanini saíram com cãibras no jogo de domingo e serão avaliados antes da partida. “Temos estas preocupações físicas. Vamos ver com quem poderemos contar”, disse o treinador.

Segundo João Batista, uma preparação bem atenta foi feita segunda e terça-feira para este compromisso considerado crucial. Nem mesmo o fato de enfrentar o último colocado do grupo, “alivia” para o treinador que quer foco total dos jogadores.

“Todos os jogos são perigosos, são difíceis e não tem jogo fácil. Aqui, Brasileiro, Champions League não tem lugar que você vai encontrar facilidade. A gente tem que se preparar bem tecnicamente, fisicamente, taticamente, emocionalmente temos que estar bem preparados e conscientes de que cada jogo é uma batalha”, afirmou com relação a partida contra a Itapirense.

São Carlos Agora - Novamente no G3, o São Carlos se reabilitou e fora de casa. Isso traz mais tranquilidade?

João Batista - A vitória sempre traz tranquilidade. É muito bom trabalhar na semana após resultado positivo e isso faz com que a equipe ganhe confiança principalmente com essa troca de comando que dá aquela falta de comunicação, relacionamento e a gente vai estreitando isso com o tempo e nada melhor do que com vitória. Isso sempre traz tranquilidade, mas não pode trazer acomodação. A gente tem que continuar atento e alerta pois todos os jogos são difíceis. Às vezes você pega um adversário que está embaixo, mas a gente sabe que o nível é igual, muito equilibrado e é preciso tomar cuidado. Temos visto jogos com resultados apertados (1 a 0, 2 a 1), jogos difíceis e a gente precisa estar sempre precavido, se preparando para neutralizar essas adversidades e conseguir mais um resultado no próximo jogo para ter uma sequência positiva.

SCA - O desafio agora é enfrentar o lanterna do grupo, a Itapirense. É encarado um jogo perigoso? Por que?

João Batista - Todos os jogos são perigosos, são difíceis e não tem jogo fácil. Aqui, Brasileiro, Champions League não tem lugar que você vai encontrar facilidade. A gente tem que se preparar bem tecnicamente, fisicamente, taticamente, emocionalmente temos que estar bem preparados e conscientes de que cada jogo é uma batalha. Não tem como pensar diferente. É muito competitivo, disputado e a gente não ter certeza ou garantia de nada. Temos que trabalhar, estar atentos e procurar sempre evoluir. Eu costumo dizer que sofrer você sempre vai, mas se é muito ou pouco depende do seu comportamento, da sua atitude. A gente precisa ter uma atitude positiva, tem que impor por estar jogando em casa independente ser contra o último ou não, temos a mesma responsabilidade e ter tranquilidade para fazer o aquilo que estamos passando no treinamento dia a dia, correr o menor risco possível e conseguir o resultado positivo.

SCA - Jogando em casa, o São Carlos vai buscar marcar sob pressão, com linhas altas? Ou inicialmente irá estudar o adversário nos minutos iniciais.

João Batista - Estamos encontrando uma forma de jogar. Nós temos que padronizar uma maneira de jogar. Claro que as trocas são constantes e muda as características de jogadores por isso nós precisamos estar atentos. Bom mesmo é padronizar uma maneira de jogo independente de jogar fora, em casa, com resultado adverso ou positivo. A ideia é essa, mas claro que isso requer tempo, trabalho, características e uma resposta positiva do grupo. A gente está tentando em um curto espaço de tempo colocar isso na cabeça deles e colocar em termos práticos para nós possamos ter uma maneira de jogar. Jogando em casa, sabendo que precisamos somar, sabendo que o mais importante nesse momento é o resultado e as vezes nem tanto a performance. O mais importante agora é somar pontos, ter regularidade, não alterar os resultados para que nós possamos estar sempre entre as equipes que vão classificar e hoje nós estamos. Agora é procurar se manter e dentro dos jogos procurar abrir uma pontuação para ter tranquilidade nas últimas rodadas e não ter problemas lá na frente. 

SCA - Qual é a importância de fazer a lição de casa no Luisão?

João Batista - Nós teremos uma sequência de três jogos no Luisão agora e precisamos somar o máximo de pontos. Temos agora um jogo contra a Itapirense que é um jogo perigoso, que precisa dobrar a atenção, pois quem perder pontos para as equipes que estão na parte de baixo pode se comprometer. Hoje estamos com três vagas para quatro equipes, não dizendo que Itapirense e Mogi Mirim estão fora, mas estão um pouco distantes e os confrontos são difíceis. O importante é a gente somar pontos. Ganhar em casa é muito importante. Eu costumo dizer que na Segunda Divisão o bom de jogar em casa é a logística. Só de você não precisar viajar, ter esse desgaste físico, emocional e financeiro dá uma tranquilidade. Temos que estar sempre atentos, não entrar em uma zona de conforto e estamos sempre conversando com os atletas. Eu vi que o grupo respondeu bem já no último jogo sendo vibrante, confiante e passaram a acreditar mais depois de vir de duas derrotas. Chegou a hora de reverter aquele momento e ter uma sequência positiva para conseguir a classificação.

SCA - Os atletas já estão assimilando o estilo de jogo de João Batista?

João Batista - Nós tivemos pouco tempo para trabalhar nesse sentido então a gente vem mantendo, mais ou menos, o que vinha sendo feito, mas colocando algo na parte tática e característica. Hoje carecemos em algumas posições, mas temos jogadores versáteis que conseguem desempenhar duas ou três funções. Então a gente tem que seguir observando para detectar essas possibilidades para que eles se encaixem dentro da ideia de jogo. Essa divisão é muito complicada. As vezes gente trabalha muito, mas chega no jogo e diante das adversidades os jogadores acabaram confundindo as coisas. Eu já vi nesse jogo contra o Mogi que o grupo sempre tentou manter aquilo que fizemos durante a semana e isso é importante. Agora precisamos crescer e organizar ainda mais, pois isso dá ritmo, intensidade e profundidade. Devagar vamos chegar lá. Ninguém vai fazer milagre, o João Batista não faz mágica. O trabalho vinha sendo feito de uma forma positiva haja visto que a equipe teve uma sequência de três resultados bons e isso não acontece por acaso, foi construído. A gente precisa continuar construindo essa possibilidade de resultados positivos. Não vai acontecer por acaso. Temos que continuar trabalhando forte, minimizar os erros, maximizar os acertos e com certeza vamos conseguir crescer na competição. Também não adianta chegar em um patamar e estacionar. Tem que crescer e evoluir, pois o primeiro passo é a classificação e depois chegar nas eliminatórias. É preciso estar em um nível muito bom de competitividade e com certeza você vai conseguir brigar de igual para igual com qualquer equipe que a gente possa enfrentar na segunda fase.