A triatleta são-carlense Luma Maruci Guillen, 22 anos, embarcou quarta-feira, 16, e no domingo, 27, participa dos Jogos Mundiais Militares na categoria Sub23. Orientada pelo técnico Eduardo Braz, ela representa a Comissão de Desportos do Exército (CDE). Luma irá disputar o triathlon e a prova será realiza na cidade de Wuhan, na China.
Com a agenda cheia, no domingo seguinte, dia 3, segue para Lima, no Peru, onde disputa a Copa do Mundo.
Antes de embarcar para a China, Luma treinou com muita intensidade no Rio de Janeiro, já que tem como meta realizar uma grande prova e com isso evoluir na modalidade, já que traçou metas para os próximos anos. Uma delas é disputar os Jogos Olímpicos em 2024 ou 2028.
Simpática e acessível, Lima concedeu entrevista exclusiva ao São Carlos Agora e respondeu a alguns questionamentos.
São Carlos Agora - O que representa esta competição para suas metas futuras?
Luma Guillen – Os Jogos Mundiais Militares é a competição mais importante no meio militar. Acontece de 4 em 4 anos e é por causa dela que existe o PAAR (Programa de Atletas de Alto Rendimento), onde estou inserida nas Forças Armadas. Ou seja: a principal missão como militar. Será também a principal competição do segundo semestre, onde terei a oportunidade de competir entre as melhores do mundo, em uma ótima experiência e oportunidade para me testar para as competições que penso em fazer em 2020.
Em Lima será a minha 1ª Copa do Mundo, onde estarão as melhores atletas do circuito. Serão duas competições de altíssimo nível técnico onde eu competirei na categoria elite (eue é acima da minha).
SCA - Conta pontos ranking de olho na Olimpíada?
Luma - Em Lima será a minha primeira prova no ranking olímpico e uma ótima oportunidade de pontos. No mundial militar vou apenas em busca de um ótimo resultado para as Forças Armadas!
SCA - Tem sonho em participar de uma? Qual seria?
Luma - Acho que participar dos Jogos Olímpicos é o sonho de todo atleta e esse e o meu maior objetivo a longo prazo! Minha preparação é para 2024 e 2028. Mas esse caminho de 4 ou 8 anos em busca de pontos é bem longo, com muitas provas de altíssimo nível no circuito mundial. Pretendo começar com copas pan-americanas, depois copas do mundo e provas WTS (que é o ponto mais alto do circuito), evoluindo um degrau de cada vez e sem acelerar o processo até estar inserida totalmente no circuito mundial.
SCA - Que preparação fez para este evento? Seus adversários são top no triathlon? Sua meta é ficar no top ten? Ou buscar experiência?
Luma - O segundo semestre foi quase todo voltado para essas duas últimas provas do ano, com treinamentos específicos e em altitude.
O cenário será de atletas elite contando com as melhores do circuito mundial. Então é difícil pensar em um resultado tão expressivo.
A ideia é ganhar cada vez experiência em provas desse nível e fazer o melhor possível para garantir alguns pontos e quem sabe chegar em um top 10.
Como nunca participei não sei muito bem o que esperar, mas vou com a melhor expectativa possível apesar de ser uma das provas mais difíceis que enfrentarem em toda minha carreira até agora .
SCA - O que o triathlon agregou para você como cidadã e como atleta?
Luma - Acredito que o ganhar/perder/recomessar/tentar de novo foi uma das coisas que mais me fez evoluir como pessoa. Agora eu não desisto tão fácil das coisas e confio muito mais em mim mesma.
Respeitar as pessoas, culturas, manias diferentes e nunca subestimar alguém é algo que agregou muito em minha vida.
Costumo utilizar os valores que o esporte traz em todas as áreas da minha vida e acredito que esse é o diferencial dos atletas como cidadão. Valores como: humildade, respeito, disciplina, amizade, persistência, entre outros, que são extremamente necessários para um bom convívio em sociedade ou em qualquer área que eu desejar seguir.
Além de que o esporte desde criança me abriu várias portas e me deu várias oportunidades como por exemplo conhecer lugares de todo Brasil e do mundo e poder trabalhar com o que amo desde tão nova.