quinta, 28 de março de 2024
Com tranquilidade e segurança

Retorno às atividades presenciais desafia profissionais do São Carlos Futsal

Departamentos de Fisioterapia, Fisiologia e Física realizam trabalho especial e específico planejado para o momento

14 Set 2021 - 09h03Por Marcos Escrivani
Atletas durante as atividades: preocupação no sentido de se evitar lesões - Crédito: Marcos EscrivaniAtletas durante as atividades: preocupação no sentido de se evitar lesões - Crédito: Marcos Escrivani

Com a volta das atividades presenciais, os profissionais que atuam nos Departamentos de Fisioterapia, Fisiologia e Física do São Carlos Futsal é reestabelecer o desempenho dos atletas com o menor risco possível quanto às possíveis contusões e, paralelamente obedecendo os protocolos de segurança que previne a propagação do SARS-CoV-2, em época de pandemia da Covid-19.

Os trabalhos são realizados no ginásio municipal de esportes Aristeu Favoretto, na Redenção e a prevenção de lesões, na verdade, é um desafio de minimização dos riscos, não podendo garantir que uma contusão não vá ocorrer, mas pode-se trabalhar diariamente os fatores de risco e minimizá-los.

Segundo os profissionais que atuam no clube, nas categorias de formação, principalmente abaixo dos 16 anos, há situações ainda mais específicas. As faixas etárias têm índices maiores de lesões em membros superiores do que os atletas mais velhos, principalmente fraturas. Isso acontece porque os atletas mais jovens ainda estão em fase de amadurecimento e evolução das capacidades neuromotoras, inclusive para as respostas de proteção após quedas. Isso significa, de forma simplificada, que os jovens atletas meninos caem mais e se protegem de uma forma não tão eficiente.

“Para essas categorias, os Departamentos de Fisioterapia, Fisiologia e de Preparação Física do São Carlos Futsal aplicam estratégias voltadas para a evolução da consciência corporal e controle neuromuscular. Os estímulos são periodizados, seguindo os mais simples para os mais complexos. A intenção é aumentar gradualmente os níveis de dificuldade e associar com a evolução de outros parâmetros, como por exemplo, as exigências técnicas e táticas programadas pela comissão técnica”, ressalta o fisioterapeuta André Simões.

“Minimizar o risco de lesões é essencial para a manutenção da equipe, atletas sem lesões significa plantel 100% disponível, programação de trabalho completa, melhor desempenho e, por consequência, melhores resultados finais. Apesar do foco da gestão preventiva ser de responsabilidade do Departamento de Fisioterapia no São Carlos Futsal todos os outros Departamento contribuem, é um trabalho multiprofissional. Se não existir essa integração não existe a possibilidade de reduzir os riscos de lesões na prática”, complementa o também fisioterapeuta Rafael Cazu.

De acordo com os profissionais da área, o futsal é um dos esportes com maior risco de lesões, há evidência de que a cada 1000 horas de prática ocorram de 6 a 44 lesões. Essas proporções são semelhantes a de outros esportes de contato, como o futebol, mas existem algumas particularidades. O futsal requer mais participação, tomadas de decisões e ações em alta intensidade do que outras modalidades similares. Também há mais acelerações e desacelerações em quadra, sem contar o contato constante com o adversário nas disputas. Esse cenário faz com que a rotina de treinos e preparação se torne essencial, sem o que chamamos de "ritmo de jogo", que é exposição a prática, os atletas se distanciam das capacidades ideais e o risco de lesão aumenta.

Durante a pandemia da Covid-19, os departamentos do São Carlos Futsal monitoraram e preparam minimamente os atletas para um retorno seguro, e o departamento de Fisioterapia através de Rafael Cazu e André Simões realizam um trabalho específico nesse retorno.

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