quinta, 28 de março de 2024
Tudo em casa

Handebol feminino ‘arrasta’ família para atividades físicas seguras

20 Abr 2020 - 13h14Por Marcos Escrivani
Fernanda (centro) e as primas (gêmeas univitelinas): treinos em família para aumentar a qualidade de vida - Crédito: DivulgaçãoFernanda (centro) e as primas (gêmeas univitelinas): treinos em família para aumentar a qualidade de vida - Crédito: Divulgação

O São Carlos Agora realiza uma série de reportagens esportivas e mostra que, apesar dos torneios (regionais, estaduais e nacionais) estarem suspensos devido a pandemia do novo coronavírus, pois a recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde é evitar aglomeração e com isso evitar a propagação do vírus que causa a infecção, orientados por seus respectivos técnicos, os atletas realizam atividades em suas casas para manterem o condicionamento físico.

Em seus domicílios, os treinos são apontados como ideias, pois não a perigo de contaminação.

Porém, atletas do handebol feminino de uma equipe em São Carlos foi mais além e não satisfeitas em treinarem, puxaram familiares para atividades diárias com o intuito de proporcionar qualidade de vida.

As jogadoras Rayssa, Lorena e Fernanda, do time júnior H7 Esportes/La Salle são três exemplos de dedicação. Além dos exercícios propostos pelo técnico Antonio Carlos Rodrigues em um grupo de WhatsApp, fizeram com que membros da família caíssem na malhação.

Diante de ideias inusitadas, o São Carlos Agora entrevistou o trio separadamente, mas com as mesmas perguntas e procurou saber a motivação, o sentimento que levaram a propor tal iniciativa e como sentem como espelhos em suas casas.

Na sequência, as entrevistas.

RAYSSA

Nome completo: Rayssa Camila dos Santos Costa, 17 anos, pivô.

Com quem treina: meus pais Daniel Goes Costa, 40 anos e Débora Tatiane dos Santos Costa, 37 anos

São Carlos Agora - Os treinos são diários? Qual a carga (quanto tempo)?

Rayssa - Sim, 1 hora e 15 minutos em média.

SCA - Para você, qual a importância dessas atividades durante esse tempo de paralisação de jogos oficiais?

Rayssa - Eu acho muito importante realizar essas atividades diárias pelo fato de manter nossa saúde bem e nós que somos atletas (eu e as meninas do time) mantermos o físico em dia, pois alguma hora tudo vai voltar ao normal em relação a paralisação do corona.

SCA - Seguem as orientações das autoridades sanitárias e ficam em casa?

Rayssa - Sim, todos os exercícios são feitos no próprio apartamento. Apenas as corridas eu procuro fazer logo cedo pois não tem ninguém na rua, evitando contato com outras pessoas.

SCA - Como vocês comprovam os treinos para o técnico?

Rayssa - O Antonio Carlos pediu pra gente postar nas redes sociais vídeos e fotos logo depois que a gente fez os exercícios e marcar a equipe no Facebook.

SCA - Como cada uma vê esse período de pandemia. Acredita que tudo passará rápido?

Rayssa - Eu acho que infelizmente vai demorar um pouco ainda para tudo voltar ao normal, mas eu acredito que volte antes de julho.

SCA - Como se sente ao perceber que são “espelhos” dentro de casa e membros da família acompanham nos treinos?

Rayssa - Eu me sinto muito feliz pois querendo ou não eu sendo espelho para minha família, eles com certeza serão espelhos para outras pessoas de diversas idades

SCA - O momento família tem sido importante?

Rayssa - Sim, muito;

SCA - Quando voltar à normalidade, os treinos em grupo serão mantidos?

Rayssa - Com certeza, até porque fica tudo mais divertido quando a família está junto.

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FERNANDA

Nome completo: Fernanda Pagotto Businaro, 19 anos, pivô.

Com quem treina: Laura Businaro Casarin, 22 anos e Letícia Businaro Casarin, 22 anos (primas – gêmeas univitelinas).

São Carlos Agora: Os treinos são diários?

Fernanda – Sim, são diários, de segunda-feira à sexta-feira.

SCA - Qual a carga?

Fernanda - Tem duração de 40 minutos a 1 hora.

SCA - Para você, qual a importância dessas atividades durante esse tempo de paralisação de jogos oficiais?

Fernanda - A dinâmica em casa contribui para manter o condicionamento físico que está sendo trabalhado desde o início da pré-temporada.

SCA - Seguem as orientações das autoridades sanitárias e ficam em casa?

Fernanda - A família está ciente de todos os cuidados necessários para esse período de quarentena e tomando os devidos cuidados com a higiene, evitando ao máximo o contato físico.

SCA - Como cada uma vê esse período de pandemia. Acredita que tudo passará rápido?

Fernanda - Acreditamos que esse período irá passar se todos da cidade e região colaborar com as medidas de prevenção.

SCA - Como você comprova os treinos ao técnico?

Fernanda - Acreditamos que todas devem cumprir com suas responsabilidades enquanto membros da equipe. E para tirarmos duvidas e saber sobre os treinos, o contato é a partir das redes sociais através de vídeos e mensagens. Como o caso da fisioterapeuta da equipe, Isabela Maroldi, que envia vídeos de exercícios e o nosso treinador, Antônio Carlos, que envia vídeos dos treinos.

SCA - Como se sentem ao perceber que são “espelhos” dentro de casa e membros da família acompanham nos treinos?

Fernanda - Sinto na responsabilidade de sempre apoiá-los e mostrar que o caminho saudável é através da atividade física.

SCA - O momento família tem sido importante?

Fernanda - De fato, um momento maior com a família proporciona muitas alegrias e muito mais comunicação.

SCA - Quando voltar à normalidade, os treinos em grupo serão mantidos?

Fernanda - Acredito que quando voltar à normalidade, também voltaremos as nossas rotinas normais e não teremos tanto tempo juntos em família.

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LORENA

Nome completo: Lorena Giliotti, 19 anos, central

Com quem treina: Carlos Roberto Giliotti, 53 anos, pai e Letícia Giliotti, 25 anos, irmã

São Carlos Agora - Os treinos são diários? Qual a carga (quanto tempo)?

Lorena - Os treinos são diários. Praticamos o treino disponibilizado pelo professor Antônio Carlos e mais alguns treinos que nós mesmos montamos. Portanto dura de 1 hora a 1h30. Às vezes fazemos mais um treino por dia, com o tempo variado.

SCA - Para você, qual a importância dessas atividades durante esse tempo de paralisação de jogos oficiais?

Lorena - Para mim, é importante para mantermos nosso corpo em alguma atividade física, o que não permite que percamos todo trabalho feito na pré-temporada, além de ser um ótimo passatempo durante o período de paralisação.

SCA - Seguem as orientações das autoridades sanitárias e ficam em casa?

Lorena - Sim, temos muita consciência do quão importante é ficar em casa e evitamos ao máximo sair. Apenas meu pai que saí para ir trabalhar, pois ele não tem condições de parar.

SCA - Como cada uma vê esse período de pandemia. Acredita que tudo passará rápido?

Lorena - Acredito que não passará tão rápido devido o que houve e o que ainda ocorre nos outros países. Mas se todos seguirem as recomendações e quem puder, ficar em casa, acredito que não chegará ao caos que outros países sofrendo. Até porque o Brasil está tomando todas as medidas para que isso não ocorra. É importante lembrar que ainda não atingimos o ápice de contaminação, e só depois desse pico, ocorrerá estacionamento e o declínio do vírus, assim como está ocorrendo China. Então tenham empatia e fiquem em casa pelos que não podem ficar, para o que o risco deles se contaminarem seja menor.

SCA - Como vocês comprovam os treinos ao técnico?

Lorena - Mandamos fotos, vídeos para ele, ou postamos nas nossas redes sociais, o que também incentiva para que outras pessoas a treinaram e casa.

SCA - Como se sente ao perceber que são “espelhos” dentro de casa e membros da família acompanham nos treinos?

Lorena - É muito legal, já que eles sempre me apoiaram e apoiam nos meus treinamentos e jogos. É legal retribuir esse apoio aqui dentro de casa, incentivando todos eles a treinarem.

SCA - O momento família tem sido importante?

Lorena – Faz com que nos aproximamos ainda mais da família nesse momento e é muito gratificante, até porque no dia a dia não temos a oportunidade de passarmos tanto tempo juntos.

SCA - Quando voltar à normalidade, os treinos em grupo serão mantidos?

Lorena - Acredito que sim. Sempre tive a irmã como parceira de treino e eu e meu pai sempre gostamos de correr juntos.

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