quarta, 24 de abril de 2024
Esportes

Diego Garbuio busca superação e quer ser atleta 24h por dia

29 Jul 2016 - 09h12
Foto: Marcos Escrivani - Foto: Marcos Escrivani -

O universitário Diego Henrique Garbuio, 25 anos, é um jovem que busca a superação dia a dia e com metas definidas, tem mais um objetivo em sua vida: ser um nadador de alto rendimento e dedicar-se 24 horas por dia para ser um atleta vitorioso.

Ele nasceu com mielomeningocele, passou por cirurgias nos primeiros anos de vida e por este motivo tem dificuldades para caminhar. Entretanto, considera-se uma pessoa normal.

Estagiário na Embrapa e formado em Zootecnia pela Unesp/Jaboticabal, Diego passou a integrar equipe ACD (atletas com deficiência) Aquário/LCN/Bianchi Sports (que tem o apoio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel), Fundação Educacional São Carlos (Fesc) e Cefer/Caaso/USP) em janeiro deste ano e garante que tem metas a cumprir nas próximas temporadas.

"Tudo que faço tem que ser completo, nunca pela metade. Tanto em minha profissão, quanto na atividade física. Tem que ser bem feito. Quero ser um atleta 24h por dia. Na saúde, na alimentação, nas atividades e no psicológico", disse o nadador ACD que deve ser qualificado entre as categorias S8 a S10.

NATAÇÃO

Na equipe ACD da Aquário/LCN/Bianchi, Diego garante que busca resultados significativos. Afirmou que começou a pratica aos 4 anos e com 7 chegou a ser finalista do Troféu Gustavo Borges. "Criança ACD era só eu", lembra. Aos 17 parou por um ano e retornou a praticar apenas por lazer. "Em 2015 comecei a nadar em outra academia e depois vim para a Aquário/LCN/Bianchi. Hoje, além de buscar saúde e qualidade de vida, foco condicionamento físico, melhora nos tempos e os resultados serão frutos da minha dedicação", analisou. "Desde que iniciei os treinos emagreci cinco quilos. Então acredito estar no caminho certo", ponderou.

METAS

Sob o comando do técnico Mitcho Bianchi, as metas iniciais de Diego já estão traçadas. Em 2015 deverá estrear nos Jogos Regionais, que serão realizados em agosto. Dependendo do seu desempenho pode estar nos Abertos. Dependendo da sua evolução, poderá estrear em 2016, no Circuito Caixa de Natação Paralímpica.

"Quando treino, me desligo dos problemas para buscar evolução nos tempos. Em 2017 quero estar em alto rendimento e cair na água com muita força. Treino para isso", disse o nadador que treina três vezes por semana e em casa pratica atividades diárias para manter o condicionamento físico. "Busco e quero resultados", emendou. "Esta é minha meta na natação. Medalhas são conseqüências, mas busco elas. Quero representar a equipe da melhor maneira possível. Na piscina, todos são iguais", concluiu o atleta que nada os quatro estilos (crawl, peito, costas e borboleta).

CRESCIMENTO

De acordo com Mitcho Bianchi a chegada de Diego Garbuio na equipe são-carlense faz parte do crescimento do grupo, que visa sempre desenvolver e ampliar os trabalhos.

"Hoje temos atletas em várias classes de deficiência. Quando o Diego chegou já sabia nadar e nosso trabalho foi aprimorar a parte técnica. Ele é dedicado e empenhado nos treinos e deverá ter sua primeira competição oficial nos Regionais. Vamos analisar seu desempenho e sua reação. A partir daí faremos uma avaliação nos fundamentos, na parte psicológica e onde teremos que trabalhar posteriormente. Posso garantir que ele tem muito potencial", afirmou Mitcho.

MIELOMENINGOCELE

Diego nasceu com mielomeningocele, problema que poderia impedi-lo de caminhar. De acordo com ele foi o diagnóstico dado na época pelo médico aos seus pais. No primeiro dia de vida passou por uma cirurgia.

Posteriormente aos 7 meses foi diagnosticado luxação de quadril. Passou por novo procedimento e ficou gessado. Com um ano e um mês, nova cirurgia no quadril. Desde então passou por várias sessões de fisioterapia.

"Mas me considero uma pessoa normal. Faço o que quero e o que gosto. Já morei sozinho, ando a cavalo, pratico natação. Tenho uma vida plena", afirmou.

O QUE É MIELOMENINGOCELE

Sinônimos: disrafismo espinhal

A mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida aberta, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas.

Mielomeningocele é o tipo mais comum e também a mais grave de espinha bífida.

Causas

Não se sabe ao certo o que causa a espinha bífida. Assim como acontece com muitos outros problemas de saúde, esta condição parece resultar de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como histórico familiar de malformações da coluna vertebral e deficiência de ácido fólico.

Normalmente, durante o primeiro mês de gestação, os dois lados da espinha dorsal se fecham sobre a medula espinhal e todos os nervos e meninges que a acompanham. A coluna vertebral protege a medula, impedindo que ela sofra quaisquer tipos de danos. Quando ocorre qualquer tipo de malformação congênita em que não acontece o fechamento completo da coluna vertebral, dá-se o nome de espinha bífida.

A espinha bífida pode se apresentar três formas distintas: a chamada espinha bífida oculta, que é assintomática, a meningocele, em que somente as meninges da coluna nascem expostas e, por último, a mielomeningocele, em que, além das meninges, a medula e alguns nervos também estão expostos nas costas do bebê.

Fatores de risco

Embora os médicos e pesquisadores não saibam ao certo por que a mielomeningocele ocorre, é possível elencar alguns fatores de risco para sua ocorrência, que, no caso, são basicamente os mesmos para todos os tipos de espinha bífida:

Etnia

A espinha bífida é mais comum entre brancos e hispânicos.

Sexo

Crianças do sexo feminino são mais afetadas do que crianças do sexo masculino.

Histórico familiar

Ter algum parente de sangue com histórico de mielomeningocele aumenta as chances de vir a ter um filho ou uma filha com a doença também, embora a maior parte dos casos da doença seja de crianças sem histórico familiar. Além disso, casais que tiveram uma criança com este tipo de espinha bífida têm mais chances de ter outro filho com o mesmo problema.

Deficiência de ácido fólico

O ácido fólico é um importante nutriente para o desenvolvimento saudável de um bebê. O folato é a forma natural da vitamina B9. O ácido fólico é a forma sintética da vitamina B9, encontrado muito em suplementos e alimentos fortificados. A deficiência deste nutriente aumenta o risco de espinha bífida e de outros defeitos da coluna vertebral.

Medicamentos

Alguns tipos de medicamentos anticonvulsivos podem estar relacionados aos defeitos congênitos na coluna, principalmente se foram tomados durante a gestação. Esses medicamentos interferem na capacidade do corpo de sintetizar ácido fólico.

Diabetes

Mulheres com diabetes que não controlam adequadamente a condição durante a gestação apresentam risco maior de ter um bebê com mielomeningocele.

Obesidade

A obesidade pré-gravidez também pode aumentar o risco de defeitos congênitos do tubo neural, incluindo a mielomeningocele.

Aumento da temperatura do corpo

Algumas evidências sugerem que o aumento da temperatura corporal (hipertermia) durante as primeiras semanas de gravidez - causado por febre, por exemplo - pode aumentar o risco de espinha bífida e, portanto, de mielomeningocele. (fonte: www.minhavida.com.br)

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