quinta, 18 de abril de 2024
Ao meio dia

Um sábado bem animado para crianças com ‘Faz e Conta Histórias’

06 Jun 2020 - 07h05Por Redação
Um sábado bem animado para crianças com ‘Faz e Conta Histórias’ - Crédito: Ana Luisa Lacombe Crédito: Ana Luisa Lacombe

Neste sábado, 6, a série Crianças traz sua terceira atração:  Ana Luísa Lacombe em ‘Faz e Conta Histórias’. Na apresentação, a escritora e contadora de histórias narra contos tradicionais e de diferentes autores acompanhadas de muita música. A programação da série Crianças é dedicada ao público familiar e acontece todos os sábados, ao meio-dia, com transmissão pelo YouTube do Sesc São Paulo e Instagram do Sesc ao Vivo.

Em ‘Faz e Conta Histórias’, Ana Luísa Lacombe convida o público de todas as idades a se deliciarem com as diversas histórias que preparou para esta apresentação. Textos narrativos se intercalam com momentos musicais, entoados na voz e no ukulele, instrumento musical de cordas semelhante ao violão e ao cavaquinho. Ana Luísa atua desde 2002 associando a contação de histórias ao teatro; e é quando escreve seu primeiro livo “Acender um Fogo - O Jogo e o Teatro na Escola”. Ganhou vários prêmios com seus espetáculos “Fábulas de Esopo”, “Lendas da Natureza – Mitos índigenas brasileiros”, “O Conto do Reino Distante”, “As Três Penas do Rabo do Grifo”, “A Cartomante” e “1001 Noites – Budur e Camaralzaman, dentre eles: Cinco Prêmios APCA, um Prêmio Femsa e um Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de Melhor Atriz.

Debates

Com o objetivo de incentivar a reflexão no contexto desafiador em que nos encontramos, a série Ideias, promovida pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), traz a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões que tencionam a agenda sociocultural e educativa atual. Sempre às 16h, as conferências acontecem pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Na próxima terça-feira, 9 de junho, o tema “Saúde indígena no contexto da pandemia” é debatido por Marivelton Rodrigues Barroso Baré, da liderança do Movimento Indígena do Rio Negro AM, e Douglas Rodrigues, médico sanitarista do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp que trabalha com populações indígenas em isolamento voluntário na Amazônia. A mediação é da indigenista e ativista Marina Herrero. Juntos, falarão sobre as estratégias de enfrentamento à pandemia no contexto indígena, abordando aspectos como economia, circulação de alimentos e administração de princípios culturais, como os ritos fúnebres.

Na quinta-feira, 11, o debate “Políticas culturais em tempos de pandemia: a realidade das cidades” joga luz a questões sobre o que está sendo feito na política para minimamente contornar os impactos da paralisação na arte e cultura, e quais são os desafios para evitar o aprofundamento dos danos que incidem sobre tantas classes trabalhadoras. A mesa é formada pelo ator, diretor, dramaturgo, artista plástico e produtor Sergio Mamberti, que soma seis décadas de carreira como artista, Américo Córdula, ator, gestor e consultor em políticas culturais, e Pedro Azevedo Vasconcellos, secretário de Cultura e Relações Internacionais do município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

 

E no sábado, 13 de junho, o artista plástico Nino Cais e a historiadora e curadora do Museu Paulista – USP, Vânia Carneiro de Carvalho, falam sobre “Estéticas do cotidiano: a construção das visualidades domésticas”. Mediados por Fabiana Delboni, eles abordam a construção de narrativas pessoais presente na escolha dos objetos particulares e na organização das visualidades dos espaços domésticos, relacionando com o contexto de isolamento social em que nos encontramos.

PROGRAMAÇÃO IDEIAS #EMCASACOMSESC

Dia 9/6, terça, às 16h

Saúde indígena no contexto da pandemia

Nesse encontro serão discutidas as particularidades dos povos indígenas no contexto da Covid-19 como a economia e circulação de alimentos, medidas de suporte como água e medicamentos, ausência de saneamento básico, como administrar princípios culturais como os ritos fúnebres, dificuldades de adaptação das orientações para as diferentes línguas e estratégias de enfrentamento à epidemia.

Participantes:

Douglas Rodrigues – Médico sanitarista do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp. Trabalha com populações indígenas em isolamento voluntário na Amazônia. Coordenou o programa de extensão da Unifesp em saúde indígena no Parque Indígena do Xingu.

Marivelton Rodrigues Barroso Baré – Liderança do Movimento Indígena do Rio Negro AM. Presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro - FOIRN e integrante do Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 criado pela Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira.

Mediação:

Marina Herrero – Indigenista, ativista em direitos humanos e sociedades tradicionais em risco e coordenadora do programa Diversidade Cultural, na Gerência de Programas Socioeducativos do Sesc São Paulo.

Dia 11/6, quinta, às 16h

Políticas culturais em tempos de pandemia: a realidade das cidades

A área da cultura vem sofrendo os efeitos da paralisação devido à Covid-19. Se a área já estava negligenciada pelo poder público federal nos últimos anos, com o agravamento de agora a situação tornou-se insustentável. O socorro econômico direcionado a espaços culturais, a artistas e demais profissionais avançou com o projeto de lei Aldir Blanc, proposto pela Câmara Federal e nela aprovada no dia 26 de maio. Ainda assim, é preciso olhar para a realidade das cidades, nas instâncias estadual e municipal, que são o lugar onde os sujeitos habitam e onde se gesta e realiza a ação cultural.

O que está sendo feito nessas instâncias, de forma urgente, para minimamente contornar os impactos da paralisação? Quais são os desafios para evitar o aprofundamento dos danos que incidem sobre artistas, profissionais, coletivos, espaços e movimentos culturais organizados, relacionando também educação e comunicação?

Essas perguntas ganham contundência ao notar que o Plano Nacional de Cultura, proposto há 10 anos pelo governo federal e hoje enfraquecido, apresentava metas vinculadas a três dimensões complementares da ideia de cultura: como expressão simbólica; como direito de cidadania; e como potencial para o desenvolvimento econômico. Embora ainda sejam realizadas conferências municipais e estaduais de cultura, para que a fruição aconteça, no registro da democracia e da liberdade de expressão, é preciso fortalecer as relações entre as estruturas artísticas, os criadores culturais e os públicos - eis um papel do gestor cultural para o fomento das atividades artísticas e culturais nas cidades.

Participantes:

Sergio Mamberti – Ator, diretor, dramaturgo, artista plástico e produtor, que soma seis décadas de carreira como artista, militante e gestor cultural. Formado pela Escola de Artes Dramáticas (EAD) de São Paulo, construiu uma carreira de sucesso no teatro, cinema e televisão. Foi membro da Coordenação do Comitê de Cultura da Frente Brasil Popular para Cidadania, e no período de 2003 a 2013 trabalhou no Ministério da Cultura como Secretário da Secretaria de Identidade e da Diversidade Cultural. Foi também presidente da Fundação Nacional de Artes e Secretário de Políticas Culturais.

Américo Córdula – ator, gestor e consultor em políticas culturais, com formação em Ciências da Computação. Também exerceu a função de secretário da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural e de Políticas Culturais no Ministério da Cultura entre 2005 e 1015, tendo trabalhado como assistente técnico na criação dos Planos Setoriais de Cultura para os povos indígenas e as culturas populares e na coordenação do processo de implementação do Plano Nacional de Cultura PNC.

Pedro Azevedo Vasconcellos – secretário da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

Mediação:

Mauricio Trindade da Silva – gerente adjunto do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc em São Paulo e doutor em sociologia da cultura (USP).

Dia 13/6, sábado, às 16h

Estéticas do cotidiano: a construção das visualidades domésticas

A escolha dos objetos particulares e a organização das visualidades dos espaços domésticos são elementos fundamentais para a compreensão dos modos de vida e nos fornecem indícios sobre a construção de narrativas pessoais. Tais aspectos ganham relevância num momento de elogio midiático à domesticidade, no qual os espaços domésticos se configuram como instâncias compulsórias para a concretização de dimensões da vida pública. A partir de tais questões, esta mesa apresentará algumas leituras no campo da história e das artes visuais sobre os processos que envolvem essas escolhas e a suas possibilidades de manifestação.

Participantes:

Nino Cais – Artista visual.

Vânia Carneiro de Carvalho – Historiadora e curadora do Museu   Paulista da USP.

 Mediação:

Fabiana Delboni – Assistente Técnica da Gerência de Artes Visuais e Tecnologia do Sesc São Paulo.

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