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Shows ao vivo marca a semana musical do #EmCasaComSesc

08 Jul 2020 - 09h38Por Redação
Shows ao vivo marca a semana musical do #EmCasaComSesc - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

A série Música #EmCasaComSesc prossegue nesta semana com novas atrações, sempre às 19h, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo

Nesta quarta, 8/7, é dia de curtir o som de Fabiana Cozza, que irá antecipar algumas canções de seu novo disco, previsto para setembro e cujo espetáculo, ainda em processo de produção, terá direção musical e participação de Fi Maróstica. Canções do universo do sagrado na cultura afro-ameríndia brasileira completam o repertório. A paulistana, tida pela crítica e público com uma das importantes intérpretes da música brasileira contemporânea, vencedora de duas edições do Prêmio da Música Brasileira, como “Melhor cantora de samba” e “Melhor álbum de língua estrangeira”, já soma oito discos e três DVDs lançados.

No dia seguinte, quinta-feira, 9/7, tem a peculiaridade artística do músico, ator e apresentador Arrigo Barnabé em show com peças de Clara Crocodilo, LP que marcou o início da Vanguarda Paulistana e que em 2020 completa 40 anos de lançamento. Para este repertório, Arrigo também selecionou algumas canções com letra de Luiz Tatit e Roberto Riberti; as valsas, como o próprio músico define, “Cidade Oculta”, parceria com Eduardo Gudin e Roberto Riberti; “Londrina”, de Tetê Espíndola, e “Sinhazinha em chamas”, de sua autoria. O público também terá a oportunidade de ouvir uma seleção de Tubarões Voadores, o seu segundo LP, e ainda “Canção dos Vagalumes” e “Canção do Astronauta Perdido”.

E na sexta-feira, 10/7, tem a voz e o violão de Roberta Campos apresentando seus grandes sucessos autorais, como "De Janeiro a Janeiro", "Minha Felicidade" e "Abrigo", bem como releituras já consagradas em sua voz, destaque para "Casinha Branca" (Gilson e Joran) e "Quem Sabe Isso quer Dizer Amor" (Lô Borges e Márcio Borges). Seus últimos lançamentos também estão no repertório, como a releitura de "Último Romance" (Rodrigo Amarante), "Fique na Minha Vida", música de sua autoria gravada com Vitor Kley e "Vem me Buscar", outra autoral que, na gravação original, ganhou contornos dos tambores do Olodum.

DANÇA

Recém-lançada, a programação da série Dança #EmCasaComSesc, que apresenta sempre às terças e quintas, às 21h30, uma atração diferente, traz esta semana dois novos espetáculos para o público: MADEIRA, uma dança para meu pai, com Morena Nascimento, acontece quinta, 9 de julho, às 21h30.

Morena Nascimento, que foi bailarina intérprete do Tanztheater Wuppertal Pina Bausch (companhia com a qual continua atuando como convidada) desenvolve trabalho autoral como artista independente desde 2001, entre muitos outros trabalhos, apresenta a dança-improviso MADEIRA, uma dança para meu pai, que será realizada na casa onde o pai falecido da criadora viveu por muitos anos e onde ela mesma passou momentos da infância e adolescência.

TEATRO

Nomes importantes do teatro brasileiro como Celso Frateschi, Georgette Fadel, Sérgio Mamberti, Cacá Carvalho, Gero Camilo, Matheus Nachtergaele e Denise Fraga já passaram pela série Teatro #EmCasaComSesc. Há pouco mais de um mês, o Sesc São Paulo promove a transmissão diferentes trabalhos cênicos, direto da casa dos artistas, sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21h30.

Na quarta-feira, dia 8/7, Antônio e Rocco Pitanga (pai e filho) trazem o espetáculo Embarque Imediato, que fala sobre o encontro entre um homem mais velho africano e um jovem pesquisador brasileiro, metaforizando o encontro entre a “África e a sua diáspora”. Com texto inédito do dramaturgo Aldri Anunciação e encenação de Márcio Meirelles, a montagem é também a celebração dos 80 anos de Antônio Pitanga, um artista fundamental do cinema, teatro e TV brasileiros, além de uma importante voz na defesa dos direitos de negros e negras no país. A peça trará a presença virtual da atriz Camila Pitanga, também filha de Antônio, que dá voz aos textos em off da montagem e faz aparições em vídeo.

Atriz icônica do teatro brasileiro e uma das fundadoras do Grupo Galpão, Teuda Bara já encenou em ruas, praças, pátios de escola e até em uma quadra de instituição presidiária. Agora confinada, ela compartilha memórias e revisita espetáculos no inédito Queria Teatro, na sexta-feira, dia 10/07. O trabalho parte, principalmente, de dois espetáculos encenados pela atriz: Doida e o recente Luta. Com participação de Admar Fernandes (seu filho, que está em isolamento com a mãe), Queria Teatro é dedicado aos seus colegas de profissão, e traz uma performance original, poética e bem-humorada, que provoca reflexões sobre o próprio fazer teatral. Com dramaturgia de João Santos (autor do perfil biográfico de Teuda), a apresentação reúne trechos de espetáculos anteriores da atriz, como os recentes Doida e Luta, além de  citações de autores clássicos e contemporâneos e canções. A peça propõe uma abordagem íntima e se baseia nas experiências da própria atriz, brincando com a diversidade de formatos cênicos que ela já vivenciou.

Finalizando a semana, Hilton Cobra apresenta, no domingo, 12/7, o monólogo Traga-me a Cabeça de Lima Barreto! Escrita pelo diretor e dramaturgo Luiz Marfuz, para comemorar os 40 anos de carreira do ator e com direção de Onissajé (Fernanda Júlia), a peça mostra uma imaginária sessão de autópsia na cabeça de Lima Barreto, conduzida por médicos eugenistas, defensores da higienização racial no Brasil, na década de 1930. O propósito seria esclarecer como um cérebro considerado inferior poderia ter produzido uma obra literária de porte se o privilégio da arte nobre e da boa escrita é das raças tidas como superiores?”. A partir desse embate, a peça mostra as várias facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, refletindo sobre loucura, racismo e eugenia, a obra não reconhecida do autor e os enfrentamentos políticos e literários de sua época.                                               

Agenda Teatro #EmCasaComSesc 6 a 12 de julho, 21h30

6/7, segunda: Ondina Clais em Katierina Ivânovna

(Classificação Indicativa: 14 anos)

8/7, quarta: Antonio e Rocco Pitanga em Embarque Imediato

(Classificação Indicativa: 14 anos)

10/7, sexta: Teuda Bara em Queria Teatro

(Classificação Indicativa: 12 anos)

12/7, domingo: Hilton Cobra em Traga-me a Cabeça de Lima Barreto!

(Classificação Indicativa: 14 anos)

CINEMA

A programação de filmes em streaming do Sesc São Paulo, na plataforma Sesc Digital, que reserva a cada semana um espaço exclusivo para as sessões, oferece mais quatro novos títulos a partir desta quinta-feira, 9 de julho. Basta acessar o Cinema Em Casa para conferir longas e documentários, sempre a partir de quinta-feira, com acesso gratuito a qualquer hora do dia para ver e rever e sem necessidade de cadastro. No ar desde 4 de junho, o novo serviço de streaming já ultrapassou 100 mil visualizações, atendendo ao público de diversas regiões do país.

Nesta semana, o #EmCasaComSesc exibe o clássico De Crápula a Herói, de Roberto Rossellini, vencedor do Leão de Ouro de Melhor Filme no Festival de Veneza em 1959. O filme se passa em 1943, na Itália, quando o vigarista e jogador Emmanuele Bertone finge ser coronel do exército para extorquir dinheiro de inocentes que desejam ajudar parentes que estão presos. Quando é preso também, aceita colaborar com a Gestapo, passando-se pelo General della Rovere, que seria líder da Resistência.

Manifesto, do cineasta e multiartista alemão Julian Rosefeldt, trata dos históricos manifestos de arte e como estes podem ser aplicados à sociedade contemporânea. Estrelado por Cate Blanchett, o filme explora os componentes performáticos e o significado político de declarações artísticas e inovadoras do século XX, que vão dos futuristas e dadaístas ao Pop Art, passando por Fluxus, Lars von Trier e Jim Jarmusch.

 A partir de quinta, 9, o público pode conferir também o documentário Todos os Paulos do Mundo, de Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira, que mostra a carreira de Paulo José como ator, revista a partir de seus filmes, como os icônicos "Todas as Mulheres do Mundo" e "Macunaíma", passando ainda por "O Padre e a Moça", "Juventude" e "O Palhaço". Ícone do cinema brasileiro, a trajetória de Paulo José serve também como retrato de uma era no audiovisual do país.

Já a animação infantil Molly, a Monstrinha, de Matthias Bruhn, Michael Ekbladh e Ted Sieger, conta a história da pequena monstrinha Molly, que vive dias de ansiedade: assim que sua mãe colocou um novo ovo, Molly percebe que a chegada de um irmãozinho ou de uma irmãzinha era iminente. A monstrinha decide, então, sair em uma longa jornada, que a levará a diversos novos lugares, com o objetivo de compreender o novo papel que desempenhará em sua família que está crescendo.

A programação do Cinema #EmCasaComSesc contempla quatro eixos principais neste primeiro momento. Uma curadoria de clássicos do cinema, em sua maioria cópias restauradas e exclusivas na plataforma; uma seleção contemporânea internacional, com filmes que tiveram uma trajetória relevante em festivais no mundo todo e que merecem uma nova oportunidade de exibição ao público; uma janela dedicada ao cinema nacional, com  produções de grande alcance de público e filmes independentes que merecem maior espaço de exibição – haverá também destaque aos documentários, ponto forte na produção cinematográfica brasileira; e por fim,  uma seleção de filmes infanto-juvenis, visando a formação de público, desde os primeiros anos de vida, para a diversidade do cinema e ampliação do lastro de narrativas.

A iniciativa de oferecer filmes em streaming em sua nova plataforma digital reforça os aspectos que ancoram a ação institucional do Sesc São Paulo, garantindo o acesso a conteúdos da cultura a variados públicos. Com maior presença no ambiente online, o Sesc amplia sua ação de difusão cultural, de maneira acessível e permanente. O público ganha assim mais um espaço para contemplar, descobrir e redescobrir o cinema, a partir de grandes obras selecionadas, disponibilizadas online e gratuitamente.

Os filmes ficam disponíveis por um período determinado, com alterações e novas estreias semanais a cada quinta-feira (considerando a semana de cinema de quinta à quarta-feira). Haverá ainda possibilidade de prorrogação da exibição, conforme a demanda do público, além de sessões especiais por períodos menores (como 24h, por exemplo). A curadoria do Cinema #EmCasaComSesc conta com a experiência do CineSesc, que segue fechado desde o mês de março, por conta da crise causada pelo novo coronavírus.

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