quarta, 24 de abril de 2024
Teatro infantil

Sesc São Carlos traz “O Pequeno Senhor do Tempo”

O espetáculo narra a história do indiozinho Berimodo, uma criança curiosa, inquieta e dinâmica

06 Mai 2022 - 06h50Por Redação
Sesc São Carlos traz “O Pequeno Senhor do Tempo” - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

SERVIÇO

Data: 7 de maio, sábado. Horário: 16h. Ingressos: R$ 25,00 (inteira); R$ 12,50 (meia); R$ 7,50 (credencial plena). Lugares limitados. 55 min. Recomendado para crianças a partir de 6 anos de idade. Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP. Mais informações pelo telefone: 3373-2333

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FARINHA

Jé Oliveira apresenta no Sesc São Carlos o teatro que é a obra tributária ao legado dos Racionais MC’s. A encenação será nesta sexta-feira, 6, às 20h no teatro da unidade.

A peça busca uma relação íntima com o público por meio da palavra falada e cantada e, para isso, utiliza-se da construção poética da presença cênica. Paisagens sonoras e imagéticas se materializam por meio do ato de contar, expor, refletir e dialetizar a experiência de ser negro na urbanidade. A peça é também tributária ao legado dos Racionais Mc’s.

Dirigida e encenada por Jé Oliveira, retrata a experiência de ser homem negro na periferia de São Paulo e traz a força da musicalidade para o palco e é entendida como uma peça-show.

É a materialidade cênica e poética que o dramaturgo, ator e diretor, Jé Oliveira (Coletivo Negro), escolheu para formalizar sua investigação sobre a construção da masculinidade negra periférica.

Em um ano, foram entrevistados 12 homens negros de diversas idades e ocupações, com a intenção de verificar alguma unidade nas trajetórias e buscar inspiração para a construção de uma narrativa sobre suas experiências. Akins Kintê, poeta e diretor de cinema, Allan da Rosa, professor e artista, Aloysio Letra, artista, Fernando Alabê, músico, João Nascimento, percussionista, Kl Jay, DJ, Melvin Santhana, músico, Renato Ihu, produtor e pesquisador, Salloma Salomão, artista e intelectual, Seu Luís Livreiro, vendedor de livros, Will Oliveira, modelo, e Zinho Trindade, poeta, foram os inspiradores-informantes.

A peça representa uma afirmação de luta. “Esse espetáculo é uma intenção sobre a vida, é uma afirmação da existência mesmo sob os escombros. Os encontros que tive com cada entrevistado foram de vida que pulsa e espero ter traduzido um pouco disso na encenação”, destaca Oliveira.

Jé Oliveira está acompanhado em cena por cinco músicos que dão sustentação sonora para as narrativas literárias e musicais flanarem. A obra se entende como uma “peça-show” para ser ouvida, sentida e vista.

Os músicos Cássio Martins, Dj Tano – Záfrica Brasil, Fernando Alabê, Mauá Martins, Melvin Santhana, acompanham o artista.

Farinha com Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e Homens rendeu a Jé Oliveira a contemplação no 6ºPrêmio Questão de Crítica, a pesquisa e criação do espetáculo foi contemplada na XXV Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo e realizou a estreia e consequente temporada no Sesc Pompéia no dia 15 de março de 2016.

De lá para cá apresentou e ficou em cartaz em diversos outros lugares, com destaque para: Festival Internacional de Curitiba, Itaú Cultural, Sesc Copacabana – RJ, Sesc Paladiium – BH-MG, Escola Livre de Teatro de Santo André e diversas unidades do Sesc do interior do estado de São Paulo.

SERVIÇO

Data: 6 de maio, sexta-feira. Horário: 20h. Ingressos: R$ 30,00 (inteira); R$ 15,00 (meia); R$ 9,00 (credencial plena). Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP - Mais informações pelo telefone: 3373-2333.

Uma atração para as crianças de todas as idades está reservado para este sábado, 7, a partir das 16h, no teatro do Sesc São Carlos, com a apresentação do espetáculo O Pequeno Senhor do Tempo, uma peça de Raphael Júdice e que tem a direção de Juliana Calligaris.

O espetáculo narra a história do indiozinho Berimodo, uma criança curiosa, inquieta e dinâmica. Ele quer se tornar um homem grande para ser caçador e, com isso, ganhar o mundo. Então, descobre por meio do ensinamento do Vento, que só poderá se tornar um caçador quando sua plantinha crescer, assim terá que aprender muitos ensinamentos e lidar com sua impaciência.

Uma história que possibilita a imersão do expectador no universo fantástico das lendas indígenas; mas que também remete às intermináveis esperas de quem vive os limites que o transporta para uma próxima etapa de vida.

CONSTRUÇÃO DA DRAMATURGIA

Além da narrativa dramatúrgica da trajetória e evolução dos personagens, o espetáculo faz uso de técnicas teatrais como a linguagem das máscaras expressivas com utilização de três tipos de máscaras: facial-expressiva, expressiva de mão e expressiva-estandarte; contação de história com manipulação de objetos, cenários e figurinos; trilha sonora baseada em canções indígenas originais recolhidas e que são de domínio público; lutas reais coreografadas com orientação de mestres especializados em lutas com bastões e à mão livre.

Todas estas ferramentas possibilitam a imersão do expectador no universo fantástico das lendas indígenas. Junto com o indiozinho Berimodo e sua amiga Guacira, as crianças criam portais imaginativos e imagéticos e percorrem todas as estações desta aventura, para irem à busca de reflexões e questionamentos como: a amizade, a ansiedade, o tempo, os limites, a morte, o crescimento, o desapego, e mais do que tudo, a importância de saber, de opinar, questionar e modificar tudo isso a partir das observações da realidade que os cerca.

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