quarta, 24 de abril de 2024
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Parque Ecológico tem novo morador em plena pandemia

06 Abr 2020 - 10h32Por Redação
Parque Ecológico tem novo morador em plena pandemia - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Apesar do ambiente incômodo que altera o dia a dia de todos nós humanos, socialmente isolados em casa há dias, a natureza para os bichos mostra que a vida deve prosseguir mesmo em plena crise provocada pelo novo coronavírus. E a prova de que essa continuidade é verdadeira pode ser creditada ao nascimento de um filhote desta tamanduá bandeira fêmea que foi resgatada na região e trazida ao Parque há quatro anos, em 2016.

Naquela época, essa mamãe de hoje também era um pequeno tamanduá bandeira de não mais de 2 meses, resgatada andando sozinha em uma estrada da região de Franca. Sua mãe, provavelmente, foi atropelada ou morta por cães. O assustado filhote foi entregue aos cuidados da Associação Mata Ciliar em Jundiaí, onde funciona há mais de 30 anos um Centro de Resgate de Fauna. Foi nesse local que se descobriu que o filhote era uma fêmea e passou a receber os cuidados e carinhos dos funcionários.

Em 2018, já uma jovem fêmea, foi transferida para o Parque Ecológico de São Carlos, com a autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SMA, passado a conviver em um amplo recinto com outros de sua espécie. Este recinto faz parte da área do Bioma do Cerrado, onde também estão alojadas emas, veados catingueiros e outras espécie típicas deste ambiente.

O recém-nascido, agora, vive agarrado as costas da mãe, que se mostrou muito protetora, e afasta qualquer um que tente se aproximar dela e do filhote. Dessa forma, somente quando ela permitir os técnicos e tratadores do Parque Ecológico de São Carlos poderão saber se é um macho ou uma nova fêmea.

O Tamanduá Bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é uma espécie ameaçada de extinção, pelos atropelamentos e destruição de seu habitat, o Cerrado.

“Quando crescer, este filhote poderá integrar programas de reintrodução de animais em áreas naturais, ato que os zoológicos vêm apoiando há décadas ou irá compor para um plantel de outra instituição e assim preservará a espécie ex situ (fora da natureza). E essa, claro, é nossa função e extraordinária missão enquanto agentes que lideram e lidam com essas histórias de superação e conquistas”, disse Fernando Magnani, diretor do Departamento de Proteção e Defesa Animal da Secretaria de Serviços Públicos.

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