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Centro de Pesquisa em Química Sustentável participa do Circo da Ciência

21 Mai 2016 - 12h37Por Redação
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

Entre os dias 9 e 11 de maio, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebeu crianças da rede de ensino de São Carlos e região no Circo da Ciência. Em sua 13ª edição, o evento, promovido pelo Departamento de Química (DQ) da Universidade, em parceria com o Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica e diversos Programas de Educação Tutorial (PETs), teve como objetivo divulgar a ciência de maneira acessível, por meio de observações astronômicas, atividades culturais e experimentos nas áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. E o Centro de Excelência para Pesquisa em Química Sustentável (CERSusChem), coordenado pela UFSCar, participou do evento e mostrou ao público como a Química está presente no dia a dia de todos.

Uma equipe formada por pós-graduandos e pós-doutorandos, coordenados pela professora Lúcia Helena Mascaro Sales, coordenadora de Educação e Difusão de Conhecimento do Centro, recebeu os participantes, que interagiram com três experimentos relacionados à área de Química Verde. Um deles foi a célula fotovoltaica feita com amora. As células fotovoltaicas, conhecidas como células solares, captam a luz do sol e a transforma em energia elétrica. Como o sol é considerado uma fonte de energia limpa, sustentável e inesgotável, as células fotovoltaicas oferecem uma alternativa com baixo impacto ambiental e grande potencial de produção de energia renovável. Foi apresentado aos alunos uma forma de produzir células fotovoltaicas sensibilizadas com suco de amora. A luz do sol que o corante da amora absorve é usada para produzir corrente elétrica. Esse experimento teve como objetivo mostrar que com produtos baratos, e as vezes até inusitados, podem ser construídos dispositivos de extrema importância e interesse.

Outro experimento foi o de produção de combustível hidrogênio a partir da água. A energia é essencial para promover desenvolvimento econômico, social e cultural. Assim, o aumento da poluição, as limitações nas reservas de combustíveis fósseis, a crise do petróleo e a ausência de regulamentação no setor de distribuição de energia são preocupações cada vez maiores do homem. Nesse contexto, atualmente existe uma crescente busca por combustíveis alternativos e o hidrogênio é um forte candidato para fornecer energia limpa. Esse gás pode ser obtido por diferentes métodos destacando-se a eletrólise da água. Nesse processo são produzidos os gases hidrogênio e oxigênio, que podem ser utilizados nas células a combustível, sendo o hidrogênio o combustível do futuro.

E, por fim, também foi apresentado o tratamento de efluentes com corantes. Um dos grandes problemas atuais da sociedade mundial é a poluição ambiental, especialmente a poluição da água. Diversos métodos são utilizados para o tratamento da água e efluentes. Entretanto, alguns poluentes apresentam alta resistência e não são degradados por esses processos convencionais. Nesse sentido, uma das tecnologias em desenvolvimento é o processo Fotofenton para degradar esses poluentes. A partir desse processo é possível remover a cor de corantes têxteis, minimizando o impacto ambiental. No experimento realizado foi observada a remoção da cor de um corante azul após 10 minutos de reação sob radiação.

CENTRO DE EXCELÊNCIA

O CERSusChem é uma iniciativa de docentes do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, sob a direção da professora Arlene Corrêa, e conta com 18 pesquisadores da própria UFSCar (departamentos de Química e de Engenharia Química), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O financiamento é da Fapesp e da GSK, com contrapartida da UFSCar, com duração prevista de até 10 anos.

Com sede no Departamento de Química da UFSCar, o Centro de Excelência para Pesquisa em Química Sustentável tem o objetivo de promover o desenvolvimento e uso efetivo da química sustentável e tecnologias relacionadas, além de envolver a pesquisa acadêmica, industrial farmacêutica e de biotecnologia para superar os desafios atuais em síntese orgânica, com base nos princípios da química sustentável.

Em 2015, a Fapesp lançou três Centros de Excelência em Pesquisa, sendo dois em parceria com a GSK com investimentos da ordem de R$ 88,3 milhões, dos quais a Fapesp e a GSK vão compartilhar R$ 34,6 milhões e outros R$ 53,7 milhões serão investidos pelas instituições-sede selecionadas em dois editais, a UFSCar e o Instituto Butantan. A  parceria com a GSK segue os modelos do Programa Fapesp de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), voltados à realização de pesquisas de longo prazo?.

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