
Uma das melhores bandas de baile do Estado de São Paulo e do Brasil completou 49 anos de estrada neste domingo, 8 de junho. Foram quase cinco décadas da primeira apresentação da formação inicial, com o nome Twnyp, na escola estadual Pirajá da Silva, em Ribeirão Bonito, cidade natal da banda, que depois migrou para São Carlos e hoje é uma marca são-carlense.
A Banda Doce Veneno “contaminou” a região com canções que fazem todos sonhar, voltar ao passado, comemorar o presente e até mesmo sonhar com um futuro melhor com música de excelente qualidade.
Com quase meio século de sucesso, a banda foi repaginada há alguns anos, quando, em Bocaína, conheceu Soraia Sadi, a voz feminina da banda. Verdadeira show woman, Soraia colocou em cheque a frase de que “em time que está ganhando não se mexe”. Com ela, o time se tornou ainda mais campeão.
“Nunca aceitamos cantor meia boca. Fomos tocar em Bocaína em 2022 e me disseram que tinha uma cantora que iria abrir nosso show. A Soraia cantou 30 segundos e eu já disse que iria trazer ela para a banda. Quem não é músico não vai entender, mas não há nada parecido com a Soraia. Depois ela teve um câncer, felizmente superou e voltou depois de 8 meses para tocar com a gente. A Soraia canta como ninguém. Dá raiva de ver que ela não desafina”, comenta ele.
O nome “Doce Veneno” apareceu em 1981 como uma forma de substituir “Twnyp”, nome visto pelo mercado de shows e espetáculos como “fraco” para uma banda de sucesso. “No começo pensamos em ‘Veneno’, mas queriam um nome mais doce. Aí ficou ‘Doce Veneno’ que acabou se encaixando bem”, conta Wagner.
Para ajudar, na época a música “Menina Veneno” do Ritchie estourou nas rádios e também havia o sucesso da música “Erva Venenosa”. “As pessoas associavam estas canções com a nossa banda, o que aumentou nosso sucesso. Isso alavancou muito a banda”, destaca Netto.
O maestro e multi-instrumentista italiano Páris Mucillo (1925-1979), pai de Wagner e Neto, integrantes do grupo fundador, apoiou desde o início o desenvolvimento da banda, atualmente composta por Wagner Augusto Muccillo (teclado e voz), Páris Ernesto Muccillo-Neto (sax, percussão e voz), Paulo Sérgio Belinasse (bateria), Cláudio Munno – Claudinho (baixo e voz) e Maicon Bianchi (guitarra e voz), além de Soraia Sadi.
A Doce Veneno se consolidou pelo ecletismo do repertório com ênfase em MPB, interpretações de várias orquestras, cantores nacionais e internacionais, flashback dos anos 60, 70, 80, músicas no estilo pop rock, canções caribenhas, italianas, forrós, axé, sambas, rock clássico e tributos musicais, como o show em homenagem à banda britânica Queen.
O grupo, que em 1992 se estabeleceu em definitivo em São Carlos, se apresentou em bailes para jovens, aniversários, casamentos, confraternizações, convenções, jantares dançantes, formaturas, bailes de peão e até shows de rock, e tocou em todas as edições do Baile do Jeans da ABASC de 1984 até 2000.
A banda se apresentou em São Paulo e em outros estados e realizou projetos musicais de sucesso, como: “Túnel do Tempo”, “Noite do K-7”, na ABASC, “Tributo ao Clube da Esquina” e o show “Aplauso”, homenageando clássicos do rock, com versões de Pink Floyd, Yes, Led Zeppelin e, mais recentemente, o Tributo ao Queen.
No meio de tanta alegria e felicidades, a estrada também trouxe momentos de luto. O guitarrista Marciel Marcasso, o “Mak”, da Banda Doce Veneno, morreu em São Carlos no dia 23 de abril, aos 49 anos. Mak, como era conhecido, morreu em decorrência de metástases de um melanoma. O músico estava afastado da banda para fazer um tratamento desde o início da pandemia, em 2020.
O melanoma é um tumor que tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina. Representa apenas 5% dos casos de câncer de pele, mas tem uma grande capacidade de produzir metástases e se espalhar para outros órgãos, como fígado, pulmões e o cérebro.
Com repertório eclético, a banda Doce Veneno tem interpretações de várias orquestras, cantores nacionais e internacionais, flashback dos 60, 70, 80, músicas no estilo pop rock, canções caribenhas, italianas, forrós, axé, sambas, rock clássico, incluindo um tributo ao Queen.