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terça, 13 de maio de 2025
Caso Ana Flora Murad

Justiça Criminal decreta prisão preventiva de acusado pelo latrocínio de aposentada em São Carlos

10 Mai 2025 - 06h53Por Da redação
Acusado chegando na DIG e Ana Flora - Crédito: Maycon MaximinoAcusado chegando na DIG e Ana Flora - Crédito: Maycon Maximino

Na tarde da última terça-feira (6), a Justiça Criminal, atendendo à representação do delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), decretou a prisão preventiva de .P.H.S..S., de 37 anos. O vendedor é acusado de ser o autor do latrocínio da aposentada Ana Flora Alberto Fortes Murad, de 66 anos. O crime ocorreu no bairro Cidade Jardim, zona norte de São Carlos de São Carlos, na manhã do dia 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher.

Segundo as investigações, P.H.S..S. foi o único indivíduo que entrou na residência da vítima. "Nós tivemos o trabalho de fazer a cronologia de tudo, das horas que antecederam os fatos, pelo menos as duas, três horas que antecederam os fatos, e até os momentos depois do crime, em que ele abandonou o carro e foi até a sua residência", declarou o delegado João Fernando Baptista. Ainda conforme o delegado, tudo indica que o crime foi premeditado. "Ele foi até a casa da vítima, chegou por volta das oito e meia da manhã, tentou forçar o portão e notou que ela não estava. Certamente, porque ela já havia saído meia hora antes dele chegar até o local", explicou.

Ana Flora, que também era jogadora de vôlei adaptado da terceira idade, foi homenageada na manhã do crime, juntamente com outras atletas, no ginásio de esportes do bairro Santa Felícia. Ao retornar para casa, foi surpreendida pelo acusado, que invadiu a residência no momento em que ela estacionava o carro. "Foi nesse momento que todos os fatos ocorreram. Nós não sabemos e não dá pra saber em que momento que ele a matou. Já tínhamos a informação de que alguns objetos foram subtraídos, como por exemplo a bolsa dela, com os documentos, cartões, o telefone celular", detalhou Baptista.

As investigações apontaram ainda que o acusado utilizou o carro da vítima para se deslocar até uma loja de bebidas na avenida São Carlos, onde consumiu com o cartão da aposentada. "Ele pediu um copo de chope inicialmente e o que chamou a atenção das pessoas que lá estavam é que ele se mostrou muito nervoso, indo e voltando por várias vezes da porta até o banheiro", afirmou o delegado. Testemunhas relataram que P.H.S.S. trocou de roupa no local e permaneceu por cerca de 40 minutos antes de abandonar o veículo.

Durante as diligências, a polícia identificou que P.H.S..S. era conhecido da família e mantinha relações de amizade com os filhos da vítima. "Ele conhecia os três filhos da vítima, era amigo do filho do meio, no entanto ele tinha uma certa amizade com a filha mais velha e o filho mais novo", destacou Baptista. O delegado também revelou que o acusado chegou a comparecer ao enterro da vítima. "Foi no enterro inclusive, ele foi visto lá, ele simulou estar muito triste, mas contou um monte de mentiras", completou.

Para despistar a polícia, P.H.S..S teria tentado forjar um cenário de desordem para simular um roubo cometido por usuários de drogas. "As gavetas e armários estavam abertos, mas quase nada foi vasculhado. Ele quis forjar um local de um crime caótico, como se fosse um crime praticado por um usuário de drogas", afirmou o delegado.

A Polícia Civil finalizou as investigações e o inquérito foi encaminhado à Justiça para análise do Ministério Público. "O trabalho da polícia civil terminou na última terça-feira quando nós encaminhamos para análise da justiça e agora o trabalho compete ao Ministério Público", concluiu João Fernando Baptista.

Agora, P.H.S..S. permanece à disposição da Justiça, enquanto o Ministério Público avalia as acusações que incluem latrocínio e ocultação de cadáver. A pena mínima para o crime de latrocínio é de 20 anos de prisão, podendo ser acrescida em função das circunstâncias apuradas.

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