
A Força Tática da Polícia Militar prendeu, nesta segunda-feira, M.N.B.A., de 26 anos, natural de Várzea Grande (MT), acusado de assassinar o mecânico José Antônio Duarte no bairro Cidade Aracy, em São Carlos. A ação foi confirmada pelo delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), João Fernando Baptista.
Segundo o delegado, José Antônio Duarte foi alvejado com seis disparos de arma de fogo dentro da garagem de sua residência. "Assim que tomamos conhecimento desses fatos, prontamente determinamos que o nosso setor de investigações procedesse às primeiras diligências e, a partir de então, já ouvimos algumas testemunhas e analisamos imagens de câmeras de segurança", explicou Baptista.
As imagens analisadas pela polícia indicam que o autor do crime teria montado uma campana para esperar o momento certo de atacar a vítima. "Ele estava disfarçado, provavelmente com uma roupa da CPFL ou de outra prestadora de serviço", afirmou o delegado. Após efetuar os disparos, o acusado roubou uma motocicleta para fugir do local.
Durante as diligências, a DIG foi informada pelo Tenente Felipe, da Polícia Militar, sobre a entrada de um indivíduo ferido no Hospital Norden. "Esse indivíduo havia adentrado no local com ferimentos de dois disparos de arma de fogo e, inclusive, revelou para alguns funcionários que ele seria o autor desse crime, embora não tenha dito quem o alvejou", acrescentou Baptista.
Com base nos depoimentos e provas reunidas, a DIG solicitou a prisão temporária do acusado por um período de 30 dias, que foi aceita pelo Judiciário. "Essa prisão é para possibilitar algumas diligências para a investigação", destacou o delegado.
Questionado sobre a motocicleta roubada, Baptista confirmou que o acusado indicou sua localização aos policiais militares, permitindo que fosse apreendida e recolhida na delegacia para devolução ao proprietário.
O delegado também destacou que Mauri Neris é do estado do Mato Grosso e que a investigação aponta que ele teria ido a São Carlos apenas para cometer o crime. "Caso ele não fosse preso agora, certamente fugiria e se furtaria da justiça", afirmou.
Por fim, as investigações apontam que o crime pode ter sido cometido sob encomenda. "A filmagem que ele fez do assassinato sugere que ele não sabia quem era a vítima. Tudo indica que ele fez a gravação para comprovar aos mandantes que praticou o crime. Trata-se do chamado 'pé de pato', um assassino contratado para execução", concluiu Baptista.