sábado, 20 de abril de 2024
Eleições 2020

Leandro Guerreiro vai priorizar atendimento à gestante

Na Educação, candidato à Prefeitura pelo Patriota diz que não aceitará a ideologia de gênero nas escolas municipais

28 Out 2020 - 11h02Por Redação São Carlos Agora
Leandro Guerreiro: “A saúde é a prioridade do meu governo. Se tem uma secretaria que não falta dinheiro é a Saúde” - Crédito: DivulgaçãoLeandro Guerreiro: “A saúde é a prioridade do meu governo. Se tem uma secretaria que não falta dinheiro é a Saúde” - Crédito: Divulgação

Leandro Guerreiro é o entrevistado desta quarta-feira (28) do São Carlos Agora. Candidato pelo Patriota, ele tem posições firmes quanto a alguns assuntos sensíveis à administração.

Na Educação, Guerreiro quer ampliar a educação em tempo integral e diz que irá repelir a ideologia de gênero. Também vai premiar os profissionais que conquistarem bons resultados no Ideb.

Na opinião dele, a licitação do transporte público não saiu até hoje por incompetência dos prefeitos. Na Saúde, Leandro Guerreiro estabeleceu algumas prioridades. “Se tem uma secretaria que não falta dinheiro é a Saúde, só que ela é desorganizada. O que me machuca é ver a população sendo judiada na Saúde”, declarou.

O candidato assegurou um olhar diferenciado às gestantes que, segundo ele, sofrem por falta de investimentos do Poder Público.

“Descobri que 9 mil famílias estão sem casa própria em São Carlos. O PT ficou 12 anos no poder e junto com o Lula e a Dilma, conseguiram fazer 3 mil casas populares”. Foto: Divulgação

Acompanhe a entrevista:

  1. Porque ser prefeito de São Carlos?

Quero ser prefeito de São Carlos para parar de brigar um pouco. O prefeito tem a caneta na mão, tem o poder, e não precisa ficar brigando com a imprensa, com vereadores, não precisa ficar brigando com ninguém. Vereador tem a obrigação de brigar, de lutar como um soldado do povo. O prefeito tem que arregaçar a manga e trabalhar. Eu estou cansado de brigar, to cansado de fazer as coisas acontecerem no berro. Sendo prefeito, eu quero trabalhar, quero cuidar do que tem. Tem muita coisa em São Carlos que está virando ruínas e dá para cuidar. O que sobra do orçamento, é para cuidar de São Carlos. Não dá para prometer coisas absurdas, igual eu vejo aí, adversários prometendo coisas absurdas para chegar ao poder, prometendo passagem de ônibus a R$ 2, cinco mil casas populares... isso é coisa de canalha que se aproveita desse momento para poder ganhar voto e enganar a população. A cidade não tem dinheiro e não podemos fazer promessas acreditando em dinheiro do governo estadual e dinheiro federal. Tem que fazer uma campanha com o dinheiro que tem. Do mesmo jeito que a gente administra nossa casa, com o nosso salário. Fazer dívida com o dinheiro que não tem não é certo. Eu quero ser prefeito para fazer as coisas para a população. E parar de brigar.

  1. Qual é a sua opinião sobre a saúde? E o que pode ser melhorado?

A saúde é a prioridade do meu governo. Se tem uma secretaria que não falta dinheiro é a Saúde, só que ela é desorganizada. O que me machuca é ver a população sendo judiada na Saúde. Tem gente que enfrenta cinco horas numa fila, o cidadão chega à UPA, que está aos pedaços. É porta caindo, não tem um bebedouro de água, a porta do banheiro está pendurada. E muitas vezes o cidadão, quando chega a vez de ser atendido, é mal atendido. Quero reformar as UPAs e os postinhos de saúde, fazer uma grande parceria com a Santa Casa. A gente tem que andar de joelhos porque, hoje, a Santa Casa é a base da saúde de São Carlos – e sobrecarregada. A Santa Casa faz as coisas acontecerem na saúde. Se não tivesse a Santa Casa, todo dia morreria um ou dois são-carlenses por falta de atendimento. Ela precisa  de estrutura, a Prefeitura precisa ser parceira. Eu quero chegar na Mesa Diretora da Santa Casa e perguntar: ‘o que vocês precisam?’. Eu quero ajudar. O prefeito atual – e o antigo – brigaram muito com a Santa Casa. Eu quero ser parceiro, principalmente para atender às gestantes. As gestantes ficam esperando até o último minuto para o parto. Aí não dá a dilatação necessária, a pessoa não tem plano de saúde e fica a esperar até 40 semanas com horrores de dores. E o dia do nascimento do bebê tem que ser um dia mágico e não de sofrimento. Imagine nesse momento. A mãe passa horas de dores. Já pedi informações de quantos nascimentos ocorrem na nossa maternidade e quais são os custos. Se a mãe quer cesárea e não tem dinheiro, a Prefeitura precisa garantir esse desejo. A prioridade é a saúde em geral, mas com um olhar diferenciado para as gestantes.

  1. O que você acha da Educação Municipal? Quais são as suas propostas para o tema?

Vou ampliar a Educação em tempo integral, reforçando as atividades extracurriculares, voltado ao empreendedorismo, educação financeira e informática. Eu não vou permitir ideologia de esquerda nas escolas. Se acontecer isso, de diretor e professor empurrar isso, vai ser aberta uma sindicância, vai ser mandado embora e que brigue na justiça para voltar para a Prefeitura. Servidor que maltratar a população e que andar errado, vai ser mandado embora. O bom servidor vai chegar em casa, vai deitar a cabeça no travesseiro em paz, com a satisfação de ter garantido mais um dia de trabalho. O bom servidor não terá problemas; o mau servidor vai ter problema. Na Educação, eu pretendo pagar um bônus para todos os profissionais – não só aos professores – para as melhores posicionadas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Franca é um exemplo: paga o bônus, que consome 0,5% do orçamento, ou seja, com pequenos ajustes de gestão, podemos pagar bônus sim. Isso contribui no desenvolvimento da educação, na meritocracia.

  1. São Carlos está há seis anos sem a licitação do transporte público. O que você pretende fazer?

São Carlos está há seis anos sem licitação do transporte público por safadeza e falta de coragem dos prefeitos. Não são os vereadores e o Ministério Público que resolvem o problema. Quem resolve esse problema é o prefeito. Como se resolve? Com licitação séria, com o que a população deseja – ônibus novos, com segurança, no horário e sem lotação. São essas questões que definem o bom transporte público.

  1. São Carlos é a Capital Nacional da Tecnologia. Como potencializar esta condição?existe uma proximidade entre universidade, centros de pesquisa, Prefeitura e comunidade?

As universidades podem ajudar – e muito – a Prefeitura. Tem que sentar com os gestores das universidades e ver como podemos ser parceiros. Isso se resolve com reuniões, discussões.

  1. Quais são as suas propostas para melhorar o emprego em São Carlos? De que forma atrair novas empresas?

Tem muita burocracia na Secretaria de Habitação para abrir uma empresa. Para abrir um comércio, a demora é muito grande. Por causa dessa burocracia para abrir uma empresa, em muitos casos de até sete meses, o empresário desiste de abrir aqui. Muitos vêm aqui e desistem por causa dessa burocracia. Tem que ajudar, estudar contrapartidas... Eu vou tentar trazer grandes empresas, não prometo, mas é obrigação do prefeito tentar de tudo para melhorar a qualidade de vida do cidadão. Veja só um exemplo: a primeira loja do Savegnago demorou sete anos para se instalar em São Carlos por causa da burocracia. Era sempre uma desculpa, uma safadeza. Hoje o Savegnago abriu mais duas lojas em São Carlos. Tem que acabar com essa burocracia na Secretaria de Habitação.

  1. Políticas públicas para os jovens. O que você pretende fazer?

Temos dois Centros da Juventude que dá para fazer infinitas coisas para as crianças, os adolescentes e os idosos. Dá para fazer eventos, competições e oficinas, tudo de graça. Temos que trabalhar na formação de pessoas. Essa é a nossa proposta.

  1. O que você propõe para melhorar a arrecadação do município?

O povo está cansado de pagar impostos. Não podemos jogar mais impostos nas costas do povo. O orçamento é muito comprometido. Só para pagar o funcionário público, são 50%. Sobra pouco para investir. Para fazer o recape, o prefeito teve que emprestar R$ 50 milhões. Não tem dinheiro sobrando e não tem como jogar essa responsabilidade nas costas da população. Vamos tentar enxugar a máquina e correr atrás de recursos no Estado e na União. Nem que tiver que fazer acampamento na porta do governador para pedir os recursos.

  1. Hoje, o SAAE tem reclamações de desabastecimento em vários bairros e vazamento de água tratada. De que forma melhorar a gestão dos serviços?

Precisa de gestão, de um presidente que sinta as dores da população. Se eu for prefeito, eu vou convidar o Mola (Lauriberto Corsi) para ser o presidente do SAAE. O Mola é como se fosse um vereador no SAAE. Ele sabe o que tem que fazer, mas não tem o poder. Ele terá como missão levar água à população, consertar o esgoto e resolver os vazamentos. Tem muitos vazamentos em São Carlos e aí o cidadão gasta 1m³ a mais e paga horrores na conta. Estão roubando a população.

  1. Quais são os seus planos para evitar as enchentes em São Carlos?

Não dá para prometer porque não tem dinheiro para isso. É algo que depende de verbas do Estado e da União. Tem projetos na cidade, tem que pegar esses projetos e correr atrás. Tem que fazer acampamento na porta do Bolsonaro, na porta do Dória e pedir recursos. Eu vou levar essas prioridades para eles.

  1. As políticas habitacionais dos governos estadual e federal foram reduzidas. De que forma, então, reduzir o déficit habitacional?

Eu fui atrás disso e descobri que 9 mil famílias estão sem casa própria em São Carlos. O PT ficou 12 anos no poder e junto com o Lula e a Dilma, conseguiram fazer 3 mil casas populares. Em 4 anos, não se resolve o déficit habitacional de São Carlos. Vagabundo que promete cinco mil casas, 10 mil casas, é pilantra. O que fazer? É a mesma coisa para resolver as enchentes. Correr atrás dos governantes.

  1. O que você promete de diferente dos seus adversários?

Uma campanha limpa, sem enganar a população e eu terei um olhar diferenciado às gestantes. Os adversários prometem demais para enganar o povo. Tivemos tantos absurdos, uma creche por mês, passagem aérea na Baixada do Mercado, fábrica de helicópteros... prometeram de tudo. Não dá para prometer. É um crime, um pecado, os candidatos prometerem, mesmo sabendo que não vão cumprir.

As suas considerações finais

Eu peço para o eleitor votar em mim. Quero uma oportunidade. Em 15 de novembro, vote 51. Eu vou cuidar do que tem e correr atrás. Quero fazer de São Carlos uma referência para o Brasil inteiro. Veja o que o Serginho faz por Colatina (ES). São Carlos vai virar uma outra Colatina com Leandro Guerreiro, o prefeito do povo. Um prefeito sem vaidade, um funcionário do povo. Vou cuidar com carinho das pessoas. Com o poder, eu vou fazer muito pela população.

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