quinta, 18 de abril de 2024
Combate ao novo coronavírus

Profissionais da Educação tem “teste de paciência” em fila da imunização

Espera pela Coronavac chegou a demorar 2h30 tanto no estádio Luisão, como na Fesc; Para professores, valeu a espera

10 Abr 2021 - 13h25Por Marcos Escrivani
Profissionais da educação recebem a primeira dose da Coronavac: apesar da espera, a satisfação por "uma renovação da vida" - Crédito: Marcos EscrivaniProfissionais da educação recebem a primeira dose da Coronavac: apesar da espera, a satisfação por "uma renovação da vida" - Crédito: Marcos Escrivani

A manhã de sábado, 10, ficará marcado para muitos profissionais da educação que foram a dois postos de vacinação em São Carlos e receberam a primeira dose da Coronavac, na campanha de imunização contra a Covid-19, pandemia responsável por milhares de mortes em todo o país. A segunda dose está prevista para o dia 8 de maio.

Dois postos volantes com sistema drive thru localizados na Fesc, na Vila Nery e no estádio municipal Professores Luís Augusto de Oliveira (Luisão), na Vila Prado, atenderam os interessados que foram em massa buscar a primeira dose.

A espera chegou a durar 2h30 e as filas ocuparam vários quarteirões. Na Vila Prado, por exemplo, a fila chegou a seis quadras.

A imunização contra a Covid-19 foi para os profissionais da educação com 47 anos ou mais que atuam nas escolas, desde a creche ao ensino médio, nas redes estadual, federal, municipais e privadas de São Carlos.

Foram imunizados profissionais que atuam nas escolas com funções como secretários, auxiliares de serviços gerais, faxineiras, mediadores, merendeiras, monitores, cuidadores, diretores, vice-diretores, professores de todos os ciclos da educação básica, professores coordenadores pedagógicos, além de professores temporários.

Apesar da espera, os profissionais da Educação mostravam imensa satisfação, com direito a buzinaços, gritos de felicidade e agradecimentos. Foram unânimes em afirmar que o tempo de espera foi válido para a aguardada vacina.

Todos os educadores ouvidos pelo São Carlos Agora na manhã deste sábado também foram unânimes ao afirmar serem 100% ciência.

“A emoção é muita. É um sopro de vida. A esperança que se renova. É saber que estamos conseguindo a proteção não somente para nós, mas para aqueles que amamos. E saber que em breve estaremos novamente pertinho dos nossos alunos”, disse a professora Márcia A. Gradin Martínez, 48 anos de idade, sendo 28 anos de Magistério e que atua no Cemei Cônego Manoel Tobias, na Vila Nery. “Foi um sábado inesquecível”, garantiu.

A professora de Matemática, Magali Araújo, 65 anos (41 dedicados ao Magistério), não escondia a sua felicidade. “Eu acredito na vacina”, disse a docente que atua na Etec Paulino Botelho.

“Posso dizer que estou um pouco mais tranquila. Saber que poderei em breve estar em uma sala de aula. Mas com todos os cuidados. Mas aqui nesta fila fica a sensação e a esperança de dias melhores”, disse. “Confesso que está demorando, mas a paciência é muito maior”, afirmou a mestre. “Com a graça de Deus, vamos continuar a nos cuidar e esperar a segunda dose”, reforçou.

Por fim, a professora de História do Diocesano La Salle, Ana Paula Cereda, 54 anos (32 de Magistério) afirmou à reportagem que a sensação era de alívio. Ao lado do pai (Alexandre Cereda, 87 anos, que já tomou a primeira dose e no dia 12 de maio irá tomar a segunda), afirmou que a esperança em vencer a pandemia se renova. “Vamos nos imunizar e nos proteger. Estamos dando um passo importante. Em breve poderei ministrar aulas presenciais novamente”, anteviu.

O papai Alexandre, otimista e feliz por ter sido imunizado e presenciar a filha recebendo a visita, mesmo com a máscara de proteção, era só sorrisos.

“Estou com a sensação de poder viver mais um pouco. Ter segurança e ver que ‘minha menina’ está se protegendo. Para um pai isso é uma sensação maravilhosa”, finalizou.

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