quarta, 24 de abril de 2024
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SEJA MAIS: Empatia - o que é, e como desenvolvê-la?

20 Fev 2018 - 02h40Por (*) Ju Ferraz
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O que vem a ser empatia? e como a empatia pode agregar tanto no ponto de vista pessoal como profissional?

Você já deve ter ouvido esta palavra em algum momento da sua vida. A capacidade de criar empatia com o próximo, é muito utilizada para desenvolver o autoconhecimento e até mesmo, melhorar o atendimento para quem trabalha com produtos ou serviços.

Com origem no termo em grego empatheia, que significa "paixão", a empatia pressupõe uma comunicação afetiva com outra pessoa e é um dos fundamentos da identificação e compreensão psicológica de outras pessoas.

A empatia é diferente da simpatia, porque a simpatia é uma resposta intelectual, enquanto a empatia é uma fusão emotiva. Enquanto a simpatia indica uma vontade de estar na presença de outra pessoa e de agradá-la, a empatia faz brotar uma vontade de compreender e conhecer outra pessoa.

Empatia é a capacidade psicológica de se identificar com a outra pessoa, para sentir o que ela sente, querer o que ela quer, aprender do modo como ela aprende, caso você estivesse na mesma situação vivenciada por ela.

Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente a outra pessoa. A capacidade de se colocar no lugar do outro, que se desenvolve através da empatia, ajuda a compreender melhor o comportamento em determinadas circunstâncias e a forma como o outro toma as decisões.

A empatia leva as pessoas a ajudarem umas às outras. Está intimamente ligada ao altruísmo - amor e interesse pelo próximo - e à capacidade de ajudar. Quando uma pessoa consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais.

Contudo, ser empático é ter afinidades e se identificar com outra pessoa. É saber ouvir os outros, compreender os seus problemas e emoções. Quando alguém diz "houve uma empatia imediata entre nós", isso significa que houve um grande envolvimento, uma identificação imediata. O contato com a outra pessoa gerou prazer, alegria e satisfação. Houve compatibilidade.

Mas, para chegar ao estágio de sentir verdadeira empatia, e se converter em um ser absolutamente empático, há um longo processo de criação de novos hábitos e esforço constante.

Já entrando no âmbito profissional, como o nosso cérebro processa rapidamente uma análise da pessoa com a qual estamos nos relacionando, um cliente ao apresentar uma postura grosseira, pode trazer para o atendente infinitas suposições. Pode simplesmente ser alguém que está de mal com a vida e desconta sua insatisfação no primeiro que encontra. Ou talvez tenha entrado em um estabelecimento em busca de prazer e conforto, cansado e estressado do trabalho, querendo ser bem atendido e então uma situação desagradável acontece, sua grosseria pode apenas ter sido um desabafo. E ao julgar mal o cliente, ao invés de entender, o colaborador do local, se coloca em um caminho sem volta, pois já não é capaz de interpretar da melhor maneira o que o cliente está dizendo.

Cada pessoa tem seu próprio ponto de vista, e supor, é brincar que sabe de algo que provavelmente nunca venha a saber se realmente aconteceu, ou seja, julgar o outro sem saber o real motivo. Então, de que maneira devemos direcionar nossas suposições para sentir empatia por alguém que nem conhecemos?

Duas dicas importantes para ter mais empatia:

Escutar a outra pessoa atentamente, olhando diretamente para ela, repetindo mentalmente o que ela diz e interrompendo atividades paralelas;

Fazer perguntas e não julgar o que a outra pessoa está dizendo, isso facilita você entender exatamente como é a vida dela, e a partir daí interagir com essa outra vida, ficará muito mais fácil e pode ajudar você a conseguir o que você precisa e entregar para essa pessoa o que ela também gostaria de receber.

Isso vai fazer você se colocar no mundo das outras pessoas.

Ser empático é, sem dúvidas, uma ferramenta muito poderosa que permite a quem está sendo atendido sentir-se respeitado.

Buscar o desenvolvimento sempre, é evoluir, é agregar aos outros, a si mesmo e consequentemente ao mundo.

(*) A autora é Coach e Palestrante na cidade de São Carlos, graduada em Administração de empresas, no Centro Universitário de Araraquara, pós em gestão de produção pela UFscar, Coaching pela SLAC - Sociedade Latino Americana de Coaching. Contato e sugestões: Facebook: /juferrazcoachpalestrante. Email: juferrazcoach@gmail.com.

Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.

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