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QUALIDADE DE VIDA: Fibromialgia - como aliviar os sintomas para que se tenha uma vida muito melhor

15 Nov 2017 - 04h10Por (*) Paulo Rogério Gianlorenço
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Fibromialgia é uma síndrome comum em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. A fibromialgia é um transtorno de dor crônica, bastante comum, que causa o surgimento de dor em várias partes do corpo e que não tem cura. Embora ainda não seja conhecida uma causa específica, é possível que a fibromialgia surja devido a uma sensibilidade genética ou traumas físicos ou psicológicos.

A fibromialgia está diretamente ligada também à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.

Pesquisadores acreditam que a síndrome é causada por um descontrole na forma como o cérebro processa os sinais de dor.

As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas existem vários fatores que estão freqüentemente associados a esta síndrome.

Genética: fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existem algumas mutações genéticas capazes de causar a síndrome.

Infecções por vírus e doenças autoimunes também podem estar envolvidas nas causas da fibromialgia.

Distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão também podem estar ligadas de alguma forma à síndrome.

Sexo: a síndrome é mais comum em mulheres do que em homens, em especial naquelas entre 20 e 50 anos

Histórico familiar: a doença é recorrente entre membros de uma mesma família, indicando que talvez exista algum fator genético envolvido nas suas causas.

Os principais sintomas são:

Dor generalizada: a dor associada à fibromialgia é constantemente descrita como uma dor presente em diversas partes do corpo e que demoram pelo menos três meses para passar.

Fadiga: pessoas portadoras dessa síndrome freqüentemente acordam já se sentindo cansadas, mesmo que tenham dormido por muitas horas. O sono também é constantemente interrompido por causa da dor, e muitos pacientes apresentam outros problemas relativos ao sono, a exemplo da apnéia e insônia.

Dificuldades cognitivas: para os portadores de fibromialgia, é mais difícil se concentrar, prestar atenção e focar em atividades que demandem esforço mental.

Dor de cabeça recorrente ou enxaqueca clássica, dor pélvica e dor abdominal sem causa identificada (Síndrome do intestino irritável).

Problemas de memória e de concentração.

Dormência e formigamento nas mãos e nos pés.

Palpitações.

Redução na capacidade de se exercitar.

Dor generalizada e recidivante; Falta de disposição e energia.

Alterações do sono que é pouco reparador.

Síndrome do cólon irritável; Sensibilidade durante a micção.

Cefaléia.

Distúrbios emocionais e psicológicos.

O diagnóstico da fibromialgia é feito clinicamente (por meio da história dos sintomas e do exame físico). Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças, com sintomas e características parecidos, sejam descartadas entre os possíveis diagnósticos.

O diagnóstico, muitas vezes, é difícil, como se trata de uma doença cujos exames laboratoriais não acusam, o diagnóstico costuma ser demorado, a média de tempo para o diagnóstico entre pacientes de classes A e B é de cinco anos e nas classes C e D, pode superar 10 anos. Os médicos estão acostumados a valorizar apenas os exames laboratoriais e a maioria não têm tempo para ouvir o paciente que peregrina de consultório em consultório, fazendo exames desnecessários que oneram o serviço de saúde público e privado.

O diagnóstico da fibromialgia baseia-se na identificação dos pontos dolorosos.

Tratamentos: Existem vários tratamentos, o correto é ter complementos de alguns e reunilos:

Para aliviar a dor no corpo, o médico pode recomendar tomar analgésicos e antiinflamatórios como Tramadol, estes medicamentos nem sempre são eficazes por isso, o médico pode indicar medicamentos antiparkinsonianos como Pramipexol e antidepressivos como Fluoxetina que também ajudam a diminuir a dor por atuarem no sistema nervoso central.

Além disso, o psiquiatra também pode indicar medicamentos para diminuir a ansiedade, depressão e problemas do sono, como Amitriptilina e Zolpidem e em alguns casos também podem recomendar pregabalina ou gabapentina, para aliviar a sensação de formigamento.

FISIOTERAPIA

Para melhorar os movimentos deve-se fazer fisioterapia pelo menos 2 vezes por semana, através de massagens terapêuticas, alongamentos e exercícios de relaxamento, pois ajuda a reduzir os sintomas promovendo a analgesia local e melhorando a circulação sanguínea, Acupuntura para alívio da dor.

Ter acompanhamento psicológico

Deve-se realizar terapia cognitivo-comportamental com um psicólogo para ajudar o paciente a viver com os sintomas crônicos, principalmente, a saber, lidar com a dor crônica.

Realizar atividade física

A atividade física também é importante, porém devem-se seguir as indicações do médico e do educador físico, realizando na maioria dos casos exercícios que ajudam a aliviar a dor e fortalecer e alongar os músculos, como caminhada, natação e hidroginástica, realizando cerca de 3 a 5 vezes por semana, durante 30 a 60 minutos.

ALIMENTAÇÃO

Alimentos ricos em magnésio: ajudam a relaxar os músculos e melhoram a circulação, como abacate, alcachofra e sementes.

Alimentos ricos em potássio: ajudam a evitar a fraqueza muscular e as cãibras, como banana, maça, beterraba e ervilhas.

Alimentos ricos em ômega 3: têm ação anti-inflamatória e aliviam os sintomas de dor, como sardinha, salmão e sementes de chia ou nozes.

Pode-se fazer um suco natural com couve e laranja e tomar cerca de 2 vezes ao dia, pois suas propriedades ajudam a tonificar os músculos.

Em alguns casos, a fibromialgia pode dar direito a aposentadoria, porém ela deve ser comprovada pelo médico perito, por meio de uma perícia agendada no INSS, sendo necessário preencher alguns requerimentos específicos.

Além disso, o paciente também pode beneficiar do auxílio- doença durante o tempo em que estiver incapacitado de trabalhar devido à crise de fibromialgia.

(*) O autor é graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista crefito-3/243875-f Especialista em Fisioterapia Geriátrica pela Universidade de São Carlos e Ortopedia. Dúvidas e Sugestões: paulinhok10@hotmail.com. Facebook- Paulinho Rogério Gianlorenço.

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