Poliomielite é uma doença viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Apesar de também ser chamada de paralisia infantil, a doença pode afetar tanto crianças quanto adultos.
A Poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, o vírus entra por meio da boca e do nariz e se multiplica na garganta e no trato intestinal, pode alcançar a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro, a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia nos membros inferiores. A pólio pode, inclusive, levar o indivíduo à morte se forem infectadas as células nervosas que controlam os músculos respiratórios e de deglutição, e pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia, em casos graves em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A poliomielite foi praticamente erradicada em países industrializados com a vacinação de crianças, inclusive no Brasil, onde a vacina contra a doença foi incorporada à caderneta de vacinas obrigatória, mas o vírus causador ainda pode ser encontrado em países da África e da Ásia. A doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão, com registro de 12 casos, nenhum confirmado nas Américas, resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990.
A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida. A maior parte dos casos apresenta o tipo não-paralítico da doença, em que a pessoa não manifesta nenhum sintoma, os sintomas que surgem são brandos, e podem ser facilmente confundidos com uma gripe.
O poliovírus pode ser transmitido por meio de água e alimentos contaminados ou pelo contato direto com uma pessoa infectada. A doença é tão contagiosa que pode ser pega no ar, principalmente por pessoas que convivem com portadores do vírus, quem tem poliomielite pode transmitir a doença semanas após a infecção.
Os sinais e sintomas, que costumam durar de um a dez dias, são: Febre, Dor na garganta e na cabeça, Vômitos, Mal-estar, Dor nas costas ou rigidez muscular (principalmente nos membros inferiores), Meningite.
Em casos mais graves, a infecção pelo poliovírus leva à poliomielite paralítica, alguns dos sinais são os mesmos da poliomielite não-paralítica, como febre, dor de cabeça e vômito, ela evolui para fortes dores musculares e flacidez nos membros superiores e inferiores, muitas vezes pior em um dos lados do corpo e em maior incidência nos membros inferiores.
A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente– VOP (gotinha).
Certifique-se de verificar com um médico de confiança as recomendações de vacinação contra poliomielite antes de viajar para uma região em que o vírus ainda não foi erradicado.
Fique atento também aos sinais da doença, procure assistência médica urgentemente se seu filho não completou a série de vacinas de pólio e seu filho tiver uma reação alérgica após receber a vacina contra a poliomielite.
Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente. As seqüelas da poliomielite são tratadas através de fisioterapia, por meio da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos das seqüelas, além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.
O autor é graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista Crefito-3/243875-f Especialista em Fisioterapia Geriátrica pela Universidade de São Carlos e Ortopedia. Atua em São Carlos.
Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.